Peru volta às urnas com grande polarização

Fonte: Wikinotícias

6 de junho de 2021

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Os peruanos definirão seu futuro político neste domingo em um contexto inédito, agravado por cerca de 185 mil mortes em decorrência do COVID-19 e com duas opções opostas.

O gerente geral da DATUM, Urpi Torrado, explicou que a campanha para o segundo turno das eleições presidenciais se encerrou com um “empate estatístico”, entre o candidato de esquerda Pedro Castillo; e à proposta da direita, Keiko Fujimori.

Por isso, ele não se atreve a fazer previsão do resultado final.

“Por um lado, as pessoas querem uma mudança, há uma deterioração da classe política (…) Por outro lado, há também um certo pragmatismo”, disse Torrado.

A polarização gerada pelas propostas de ambos os candidatos se agravou nas últimas semanas, provocando, entre outros, temores sobre uma possível virada para a corrente socialista no estilo da Venezuela, Cuba e Nicarágua; ou um retorno às medidas liberais que prevaleciam na década de 1990.

O analista e colunista José Carlos Requena é cético em relação às duas candidaturas. Explicou que tanto Castillo como Fujimori "terão desafios urgentes", como reduzir os índices de pobreza, que aumentaram no ano passado e, em geral, redefinir o papel do Estado. A isso ele acrescentou canalizar os pedidos de uma assembleia constituinte.

Somente em 2020, as taxas de pobreza no Peru cresceram 10 pontos percentuais para 30,1%, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Informática (INEI).

A agência detalhou que a renda média de cada habitante por mês foi reduzida em 20,8%, ou o equivalente a 837 soles (o que seria $ 227), enquanto o gasto real médio caiu 16%.

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