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Para Irã, cooperação com agência nuclear da ONU já não é 'pertinente' após sanções

De Wikinotícias

5 de outubro de 2025

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Nesse domingo (5), o chanceler iraniano, Abbas Araghchi, declarou que a colaboração com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) "já não é pertinente" após a reimposição das sanções da ONU em decorrência do programa nuclear do Irã.

"Devem ser tomadas novas decisões e, na minha opinião, o acordo do Cairo já não é pertinente na situação atual", afirmou o ministro diante de diplomatas internacionais, aludindo ao acordo estabelecido entre o Irã e a agência da ONU em setembro. Ele declarou que a reativação do mecanismo de sanções "snapback" e as recentes tensões militares alteraram totalmente o cenário.

Após os ataques a suas instalações nucleares por Israel e Estados Unidos em junho, o Irã interrompeu a colaboração com a AIEA. No entanto, em setembro, concordou com um novo acordo de cooperação com a AIEA.

"O acordo do Cairo já não pode servir como base para nossa cooperação com a AIEA", disse Araqhchi, acrescentando que uma "decisão" sobre a relação entre o Irã e a agência "será anunciada" em breve.

Araghchi condenou os países ocidentais por apresentarem "exigências irracionais" e optarem por ameaças em vez de uma diplomacia equitativa. Ele declarou que essas estratégias de pressão, que incluem discussões sobre ação militar e aplicação de sanções, não tiveram efeito e apenas complicaram as negociações.

Ele afirmou que o Irã tem sido transparente em suas negociações, incluindo as conversas indiretas com os Estados Unidos, mas acusou o Ocidente de desconsiderar as propostas iranianas, e disse que "se tivessem sido levados a sério e a janela para a diplomacia não tivesse sido restringida, chegar a uma solução negociada e diplomática não estaria fora de alcance".

Araghchi destacou que, apesar de o Irã estar disposto ao diálogo, a estrutura e os envolvidos nas próximas negociações serão diferentes, com os países europeus tendo um papel menor.

Além disso, ele declarou que a decisão de encerrar a atual estrutura de cooperação da AIEA foi impulsionada por "ameaças à segurança e ataques a instalações nucleares".