PT e Psol entram com representação contra Delegado Éder Mauro por quebra de decoro

Fonte: Wikinotícias
Éder Mauro

21 de maio de 2021

Email Facebook X WhatsApp Telegram LinkedIn Reddit

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

O PT e o Psol formalizaram nesta quinta-feira (20) junto à Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados uma representação por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Delegado Éder Mauro (PSD-PA). O pedido foi feito em razão de uma discussão durante reunião da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), no dia 12 de maio.

Na ocasião, a deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) fazia uso da palavra remotamente quando foi desconectada, ao que o deputado respondeu com um “graças a Deus”. Em seguida, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) defendeu a colega, sendo então classificada, por Éder Mauro, de “Maria do Barraco”.

A discussão se intensificou e, em certo momento, a presidente da CCJ, deputada Bia Kicis (PSL-DF) interveio. “A deputada Maria do Rosário não sofreu ataque sério que impeça que esta reunião continue. Isso é mentira, isso é falácia. Eu não vou aceitar. Podem obstruir. Nós vamos continuar a tocar a reunião. Se não conseguir hoje, eu convoco uma extraordinária, porque temos uma pauta para tocar aqui. Isso aqui é a CCJ, não é palhaçada, não”, afirmou.

Maria do Rosário reclamou. “Eu lamento ver uma mulher ouvir o que eu acabei de ouvir e ver que a senhora não se dirigiu ao parlamentar para corrigi-lo. Não me serve que a senhora tire de notas taquigráficas. O meu nome não é nome para andar na boca de assassinos”, disse.

Delegado Éder Mauro rebateu. “Infelizmente, já matei, sim, e não foram poucos, foi muita gente. Agora, tudo bandido. Eram pessoas como aquelas que morreram lá em Jacarezinho, que destroem famílias, que levam a droga para seus filhos", afirmou, referindo-se à ação policial na comunidade carioca que terminou com 28 mortos.

"Eu queria que vocês estivessem aqui, fisicamente, para discutirmos olhando olho no olho. Eu não vou aceitar que vocês chamem os outros de 'torturador', de 'assassino', e nós não possamos dizer nem 'graças a Deus'. É brincadeira! Vão dormir e esqueçam de acordar!”, continuou Éder Mauro.

A deputada Fernanda Melchionna respondeu ao parlamentar. “Deputado Éder Mauro, eu vou acordar amanhã. Se eu não acordar amanhã, o Brasil inteiro vai saber que eu não acordei porque fui ameaçada, ou fomos ameaçados aqui, nesta comissão, e a presidente não fez nada! Mas eu não tenho medo de ti."

Fontes