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O presidente chinês Xi Jinping prevê "um Oriente em ascensão e um Ocidente em declínio" em meio à virada isolacionista de Donald Trump

Fonte: Wikinotícias
Xi Jinping

8 de março de 2025

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O Leste está crescendo, e o Oeste está declinando”, uma frase política introduzida pelo presidente chinês Xi Jinping em 2020 retratando a mudança do poder geopolítico internacional, tornou-se um slogan nas redes sociais chinesas enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, conduz os EUA em direções cada vez mais isolacionistas.

O último hype em torno do termo político começou depois que o jornal teórico oficial do Partido Comunista Chinês (PCC), Qiushi, publicou o comentário de Xi Jinping sobre a tendência política de um Oriente em ascensão e um Ocidente em declínio em 1º de janeiro de 2025. O artigo foi uma transcrição de um discurso feito pelo presidente chinês em 2023, no qual ele falou sobre a desaceleração gradual dos países ocidentais como consequência de sua incapacidade de conter sua natureza capitalista gananciosa e, portanto, a Nova Era foi marcada pelo forte contraste de “um Oriente em ascensão e um Ocidente em declínio” e “uma China estável e um Ocidente caótico”. Ele enfatizou que o novo equilíbrio geopolítico deu aos países em desenvolvimento outra escolha e pediu uma luta justa contra o cerco, a contenção e a repressão dos Estados Unidos.

Embora seja típico para a mídia estatal chinesa ecoar as ideias de Xi, desta vez, o texto do Qiushi atraiu mais atenção de dissidências políticas no exterior, graças à política externa isolacionista de Donald Trump.

“Old Driver”, um crítico do Partido Comunista Chinês no X, anteriormente Twitter, criticou Trump por ajudar a China a crescer, dizendo:

Donald Trump

“Como o mundo reagirá às consequências se os EUA deixarem que Trump, que busca lucro, retirar de toda ajuda externa? Após a Segunda Guerra Mundial, os EUA generosamente forneceram ajuda a vários países. Isso tornou os EUA mais fracos ou mais fortes? Os míopes só veem o prejuizo, mas não o lucro. Se os EUA desistirem de sua estratégia global de construção de alianças e retornarem ao isolacionismo, eles deixarão a China crescer forte e ajudaão a agenda de Xi de "o Oriente está crescendo e o Ocidente está declinando"”.

Xi Jinping mencionou pela primeira vez a frase, “O Oriente está crescendo e o Ocidente está declinando”, durante a quinta sessão plenária do PCC em outubro de 2020.

A ideia foi baseada em teorias apresentadas por Li Yifu, ex-vice-presidente do Banco Mundial, e Hu Angang e Li Daokui, ambos professores de economia na Universidade Tsinghua. Para Xi, o Oriente e o Ocidente representam duas civilizações — a primeira é baseada em valores comunitários e coletivismo, enquanto a última é baseada na liberdade individual e no capitalismo.

Com a rápida ascensão da China em poder econômico e tecnológico, bem como o sucesso inicial em conter a pandemia, eles acreditavam que a China estava entrando em um período de oportunidade e que até 2030, a China ultrapassaria os EUA para se tornar a maior economia do mundo.

Depois de Donald Trump ter encerrado a USAID e ameaçado retirar-se da aliança da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e do seu apoio militar à Ucrânia, a consequência, como sugerido na análise política do Wall Street Journal, é que o globo recuaria para as esferas de influência, com a Rússia, a China e os EUA (e a União Europeia) como principais intervenientes.

A previsão de que a China expandirá sua influência à medida que os EUA cortam laços com seus antigos aliados, como Ucrânia, União Europeia e Canadá, tornou-se um consenso entre observadores de política externa:

Os líderes chineses esperam que as políticas do governo Trump desmantelem os fundamentos da hegemonia global dos EUA — e criem uma oportunidade para Pequim expandir sua influência mais longe e mais rápido, escreve Yun Sun.

Trump tem criticado a UE ferozmente e está pronto para declarar "guerra" comercial à ela. O relacionamento entre a Europa e os EUA nunca mais será o mesmo. A partir de 2025, haverá grandes mudanças na geopolítica global, que beneficiarão principalmente os ditadores de vários países.

Parece que a ascensão do Leste e o declínio do Oeste não são mais um slogan, mas um evento 100% inevitável, desde que o governo chinês não o estrague.