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O diálogo promovido por Lula e outros presidentes poderá desbloquear o “jogo trancado” na Venezuela?

Fonte: Wikinotícias

13 de janeiro de 2025

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O Papa Francisco e os presidentes do Brasil, França e Colômbia, entre outros atores internacionais, propõem uma nova etapa de diálogo para resolver a crise política na Venezuela. Será possível uma negociação no meio de acusações mútuas de “fascismo”, “terrorismo” e “golpes de Estado”? Os especialistas acreditam que sim.

O Papa Francisco disse esta semana, na sua mensagem anual ao corpo diplomático no Vaticano, que desejava que as negociações começassem para “o bem comum do país” e para resolver a sua “grave crise política” após os controversos resultados eleitorais de julho.

Ao explicar o seu não comparecimento à posse de Nicolás Maduro como governante por mais seis anos, o presidente colombiano, Gustavo Petro, também insistiu na necessidade de “manter a tese do diálogo político mais amplo possível na Venezuela”, bem como na suspensão de sanções económicas e a possibilidade de repetição das eleições presidenciais.

Depois da tomada de posse de Maduro, na sexta-feira em Caracas, os chefes de Estado de França e do Brasil, Emmanuel Macron e Luiz Inácio Lula da Silva, também aderiram ao apelo para novas negociações depois de falarem por telefone sobre questões bilaterais.

“A França e o Brasil estão dispostos a facilitar a retomada dos intercâmbios, o que pode permitir o retorno da democracia e da estabilidade na Venezuela”, afirmou a presidência francesa em comunicado divulgado na sexta-feira.

Lula, que junto com Petro e o ex-presidente mexicano Andrés López Obrador liderou os esforços para que o chavismo publicasse e permitisse a verificação independente de todas as atas da votação de julho, renovou neste sábado seu apelo ao diálogo.

“O Brasil também insta as forças políticas venezuelanas a dialogar e buscar o entendimento mútuo, baseado no pleno respeito aos direitos humanos, com vistas à resolução de controvérsias internas”, disse ele em nota.