ONU rejeita por falta de provas a acusação russa de armas biológicas na Ucrânia

Fonte: Wikinotícias

11 de março de 2022

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As Nações Unidas concluíram na sexta-feira que não há evidências de que a Ucrânia tenha um programa de armas biológicas, enquanto Washington e seus aliados acusam a Rússia de divulgar a alegação não comprovada como um possível prelúdio para lançar seus próprios ataques biológicos ou químicos.

A Rússia convocou a reunião dos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU para reafirmar, por meio de seu enviado, Vassily Nebenzia, sem fornecer provas, que a Ucrânia estava administrando laboratórios de armas biológicas com o apoio do Departamento de Defesa dos EUA.

Os outros países membros chamaram a alegação de “mentira” e “total absurdo” e usaram a sessão para acusar a Rússia de atacar e matar deliberadamente centenas de civis na Ucrânia - alega que a Rússia nega - em uma ofensiva de 15 dias que chama de “uma operação militar especial.”

Izumi Nakamitsu, o alto representante da ONU para Assuntos de Desarmamento, disse ao conselho que a ONU “não está ciente” de nenhum programa de armas biológicas na Ucrânia, que anos atrás aderiu a uma proibição internacional de tais armas, enquanto, assim como a Rússia e os Estados Unidos, junto com os outros 180 outros países.

Sob um acordo de 2005, o Pentágono ajudou vários laboratórios de saúde pública ucranianos a melhorar a segurança de patógenos perigosos e a tecnologia usada para pesquisa. Esses esforços foram apoiados por outros países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A enviada dos EUA às Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, disse que Washington está "profundamente preocupado" com o que chamou de "esforço de bandeira falsa" para estabelecer as bases para seu próprio uso de armas biológicas ou químicas na Ucrânia.

O embaixador disse que a Rússia estava encenando um cenário afirmado no conselho no mês passado pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken: que o presidente Vladimir Putin “fabricaria acusações de armas químicas ou biológicas para justificar seus próprios ataques violentos contra os ucranianos.”

Fontes