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OMS alerta para alta nos casos de sarampo nas Américas em 2025

Fonte: Wikinotícias

29 de abril de 2025

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Nessa última segunda (28), a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um aviso sobre o crescimento de casos de sarampo nas Américas. De acordo com a entidade, houve um total de 2.318 casos de sarampo, resultando em 3 óbitos, até o dia 18 de abril deste ano. O valor é 11 vezes superior ao registrado no mesmo intervalo de tempo em 2024.

Ao todo, 2.318 casos foram reportados em seis nações (Canadá, Estados Unidos, México, Argentina, Brasil e Belize), resultando em três óbitos.

De acordo com a OMS, a maior parte dos casos ocorreu em indivíduos de 1 a 29 anos que não haviam sido imunizados ou com situação vacinal incerta. O sarampo é uma enfermidade viral altamente transmissível, que pode levar a complicações sérias e até à morte. No entanto, ainda existem deficiências na imunização.

O Canadá lidera o ranking com 1.069 casos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, este é o número mais alto de infecções por ano desde que o país declarou a eliminação do sarampo em 1998. Foi responsável por 83% dos casos um surto em uma área com baixa cobertura vacinal.

Apesar da vacina ter uma eficácia de 97%, ser segura e estar disponível sem custo em vários países, a cobertura vacinal ainda está aquém do recomendado. Somente em 2023, mais de 22 milhões de crianças ao redor do mundo não receberam a primeira dose da vacina, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

Em março deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) anunciaram que a Europa teve em 2024 a maior incidência de sarampo desde 1997.

Em 2025, houve um aumento de 11 vezes nos casos de sarampo na região das Américas em relação ao mesmo período do ano anterior. O alerta foi emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nessa segunda-feira (28), com base em dados compilados até 18 de abril.

Índices de casos

O acontecimento começou em outubro de 2024, com a presença de um viajante contaminado que participou de um encontro com indivíduos de várias províncias do Canadá. Dos infectados, 84% não receberam vacinação.

Até o dia 17 de abril, nos Estados Unidos, ocorreram 800 casos, incluindo duas mortes. A grande parte (93%) está ligada a pelo menos dez surtos detectados este ano, com predominância nos estados do Texas, Novo México e Oklahoma, que concentram 82% das infecções. Os pacientes mais afetados foram crianças e adolescentes, sendo que aproximadamente 11% deles necessitaram de hospitalização.

No Brasil, a OMS menciona os 5 casos notificados até agora. A confirmação mais recente ocorreu na capital paulista neste mês. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), a origem da infecção ainda está sendo investigada e o indivíduo afetado é um homem de 31 anos, residente na cidade. Ele foi imunizado e não apresentou nenhuma condição séria.

Anteriormente, duas ocorrências locais foram identificadas no Estado do Rio, envolvendo crianças com menos de um ano e sem antecedentes vacinais. Adicionalmente, dois adultos, um no Distrito Federal e outro no Rio Grande do Sul, foram diagnosticados com sarampo, ambos com um histórico recente de viagens internacionais. Portanto, os casos foram categorizados como importados, sem transmissão secundária no país.

Por enquanto, os casos locais identificados neste ano não são suficientes para que o Brasil recupere o certificado de eliminação do sarampo, que foi recuperado em 2024. Isso requer um acompanhamento constante de novos surtos e a disseminação da mesma variante do patógeno por um período superior a um ano.