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Novo premiê francês revoga supressão de feriados e faz aceno à esquerda

De Wikinotícias

13 de setembro de 2025

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Nesse sábado (13), o novo primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, fez um gesto à esquerda ao rejeitar a proposta de seu predecessor de eliminar dois feriados para contribuir com a redução do déficit do país.

Seu anúncio foi feito um dia após a agência de classificação Fitch ter reduzido a nota da dívida da França em um nível, passando de "AA-" para "A+", com perspectiva estável. Essa mudança foi motivada pela contínua instabilidade política e pelas incertezas orçamentárias que complicam o processo de saneamento fiscal.

Lecornu, ex-ministro da Defesa e aliado próximo do presidente Emmanuel Macron, tomou posse na quarta-feira no lugar de François Bayrou, destituído pelo Parlamento devido ao seu plano de ajustes para 2026.

O programa previa uma redução de 44 bilhões de euros e a eliminação de dois feriados, o que reacendeu a insatisfação social em um país que teve cinco primeiros-ministros desde 2022, ano da reeleição de Macron.

Em Mâcon, Sébastien Lecornu garantiu que novos centros de saúde serão inaugurados até 2027, visando proporcionar a todos os franceses uma alternativa de atendimento a aproximadamente 30 minutos de suas residências. O líder do governo declarou que desejava transformar essa questão em uma "grande prioridade nacional".

Sébastien Lecornu deixou temporariamente as negociações políticas que está liderando em Paris para formar um governo e trabalhar em um orçamento para 2026 que a Assembleia Nacional possa aprovar.

Em uma entrevista divulgada neste sábado por vários meios de comunicação regionais, em uma iniciativa do jornal Ouest-France, o primeiro-ministro discutiu as possíveis alterações ao projeto de orçamento de 2026.

"Decidi retirar a eliminação de dois feriados", afirmou Sébastien Lecornu.

Após a queda do governo de François Bayrou, Sébastien Lecornu foi nomeado primeiro-ministro na terça-feira (9). Ele começou imediatamente as negociações com partidos políticos e parceiros sociais para elaborar uma nova proposta orçamentária para o ano seguinte.