No Brasil, governo insiste em escolher presidente e relator da CPI, oposição não concorda e CPI dos Correios engasga

Fonte: Wikinotícias

Brasil • 10 de junho de 2005

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias de irregularidades na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos foi instaurada nesta quinta-feira, 9 de junho. Contudo, a falta de acordo entre os representantes do governo e os de outros partidos para a escolha dos cargos de direção da CPI emperraram o início dos trabalhos dela.

Não houve um acordo na escolha de quem seriam o presidente e o relator da CPI. Enquanto não forem definidos os nomes para esses cargos, a CPI não pode começar a funcionar.

Os representantes do Partido dos Trabalhadores (PT), do partido do governo, insistiram que eles deveriam escolher os nomes para os cargos de presidente e relator da CPI. Os outros partidos insistem que a eles caberia o direito de escolher pelo menos o nome do relator. Tradicionalmente nas CPIs mistas, como esta dos Correios, governo e oposição ocupam cada um, os dos cargos de presidente ou relator, sendo que a cada CPI a escolha é alternada, e o bloco que era redator passa a ser presidente, e o que era presidente passa a ser relator. O PT insiste na escolha dos nomes para os dois cargos para a CPI dos Correios.

A oposição tinha inicialmente indicado o nome do senador César Borges (PFL), mas ele não foi aceito pelo governo. Então, o senador Aloízio Mercadante (PT) disse que como não houve acordo, seria melhor escolher através de uma votação. O PT com seus aliados formam o bloco governista e são a maioria na CPI.

O senador da oposição José Agripino disse que o acordo proposto pelos governistas é inaceitável. "Ora, concordar com isso seria uma farsa", disse ele. "Será que vamos começar uma CPI já com pizza? Isso terá graves repercussões, junto à população, para o Congresso e para o governo," acrescentou.

O senador Jefferson Peres (PDT) que presidia a reunião teve que suspendê-la por causa da falta de acordo. Um novo encontro está agendado para a próxima terça-feira, dia 14 de junho, às 15 horas.

Fontes