Musk cria furor ao confundir Faixa de Gaza com província de Moçambique
12 de fevereiro de 2025
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Elon Musk, bilionário americano de origem sul-africana que ganhou um cargo no governo de Donald Trump, teve que admitir ontem ter confundido a Faixa Gaza, ao lado de Israel, com a província de Gaza, em Moçambique, ao lado da África do Sul, quando criticou o que disse ser o envio de 50 milhões de dólares de preservativos para o território controlado pelo Hamas.
Musk, que preside ao recém criado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), deu como exemplo de gastos sem propósitoc o envio dos preservativos para o que pensou ser a Faixa Gaza do Hamas por parte da agora extinta Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID).
Foi uma alegação que causou furor em Washington, dada como exemplo da “ponta do iceberg” de gastos escandalosos, despropositados e injustificados pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.
Musk e o Gabinete do Orçamento “descobriram que havia cerca de 50 milhões de dólares dos contribuintes que saíram pela porta para financiar preservativos em Gaza”, disse Leavitt na sua conferência de imprensa referindo se à Faixa de Gaza.
Após estas revelações, várias declarações passaram a referir-se ao “envio de preservativos para o Hamas” e Musk próprio ironizou su alegação sobre o envio dos preservativos para a Faixa de Gaza afirmando serem “preservativos incandescentes Magnum” para serem usados pelo Hamas na guerra contra Israel.
Magnum é uma marca de preservativos mas também uma conhecida marca de armas de fogo.
“Algumas das coisas que eu digo serão incorretas e devem ser corrigidas”, respondeu Musk ao ser questionado por um jornalsta opntem, acrescentando que “vamos cometer erros mas vamos agir rapidamente para corrigir qualquer erro.”
“Não tenho a certeza se devíamos enviar 50 milhões de dólares de preservativos para qualquer parte do mundo, não tenho a certeza que isso é algo que na verdade entusiasme os americanos, é um número enorme de preservativos,” acrescentou Musk. “Se foram para Moçambique em vez de Gaza, isso não é tão mau mas mesmo assim... porque é que estamos fazendo isso?”, interrogou-se ainda.
CNN investiga
Foi tal o furor que a cadeia de televisão CNN fez uma investigação concluindo que a USAID durante o mandato do anterior presidente “não gastou nenhum dinheiro em preservativos para todo o Médio Oriente” embora tenha havido notícias de gastos em preservativos para a Jordânia (não muito longe de Gaza).
A CNN concluiu também na sua investigação que o gasto total da USAID em preservativos em 2023 “foi muito abaixo dos 50 milhões de dólares”.
Fontes
[editar | editar código-fonte]- Preservativos não foram para Gaza do Hamas, VOA, 12/02/2025
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