Moçambique: pandemia prejudica trabalho para reduzir o número de infecções de HIV em adolescentes
6 de dezembro de 2020
Moçambique faz parte de um grupo de 10 países na África Subsariana que são responsáveis por quase metade de todas as novas infecções por HIV que ocorreram entre meninas adolescentes e mulheres jovens globalmente. Quênia, Lesoto, Malawi, África do Sul, Suazilândia, Tanzânia, Uganda, Zâmbia e Zimbábue também fazem parte deste grupo.
Cheila da Graça Maribate é uma das embaixadoras da parceria público-privada DREAMS (Determinado, Resiliente, Empoderado, Livre de AIDS, Orientado e Seguro), uma iniciativa tem o objetivo de reduzir as taxas de HIV entre meninas adolescentes e mulheres jovens nos países com maior incidência de HIV. O projeto é financiada pelo PEPFAR (Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para Combate à Aids) e pela agência USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional).
Em entrevista à Voz da América ela explicou que o projeto oferece diversos serviços para raparigas e jovens dos 10 aos 24 anos que se encontram em situação de vulnerabilidade, como assistência social, acompanhamento psicicológico a vítima de violência baseada no género, sessões informativas sobre a vida sexual e reprodutiva, a gravidez precoce e o casamento prematuro.
A embaixadora contou que embora o trabalho estivesse indo muito bem na antes da pandemia no bairro do Macurungo, cidade da Beira, o cenário mudou depois da quarentena.
"Nos últimos meses o resultado tem sido trágico. Não sei se é por causa da falta de ocupação das raparigas porque já não vão à escola. De alguma forma também os educadores, os pais, e os vizinhos ficaram sem empregabilidade. Acreditamos que isso contribuiu para o aumento da violência sexual e da gravidez precoce".
Fontes
- Danielle Stescki. Moçambique: pandemia prejudica trabalho para reduzir o número de infecções de HIV em raparigas — Voz da América, 6 de dezembro de 2020
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