Moçambique: Simango sugere "abordagem franca e aberta, sobre o tipo de Estado que queremos"

Fonte: Wikinotícias

18 de julho de 2022

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Agência VOA

A Comissão Política do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), reuniu-se este fim-de-semana, em Maputo, para uma reflexão sobre um assunto que, segundo analistas, tem sido negligenciado pela Frelimo: o Estado que os moçambicanos querem, porque, defendem, o atual está muito partidarizado e longe de constituir uma visão da nação.

A necessidade de se repensar o Estado moçambicano tem sido defendida como premente em diferentes sectores da sociedade, para que se possam estabelecer novos caminhos para impulsionar o desenvolvimento do país.

Refira-se que Moçambique já teve a Agenda 2025, que se pretendia fosse uma estratégia e uma visão da nação, mas que não foi seguida.

O Governo diz que relativamente a esta questão, muitos desafios, endógenos e exógenos se colocam ao país, “não só do ponto de vista econômico, social ou político, mas também em termos de consenso sobre a visão e estratégia de crescimento e desenvolvimento”.

O Presidente do MDM, Lutero Simango, disse na abertura do encontro da Comissão Política do Partido, que este assunto merece “uma abordagem franca e aberta, sobre o tipo de Estado que queremos”.

O analista João Feijó, diz que tem que haver um plano concreto, coerente, de longo prazo, que neste momento não existe, sublinhando que a questão de financiamento pode ser resolvida por alguém que “veja que existe um sítio onde possa canalizar dinheiro para um projecto credível e consensual o mais possível e capaz de dar garantias”.

O analista Moisés Mabunda considera que com o atual Estado, “profundamente partidarizado, nós não sabemos o que seremos daqui a 50 anos, não temos essa visão; os governos da Frelimo sempre negligenciaram esta questão importantíssima”.

“Este é um problema que nós temos, no geral, na nossa sociedade; o nosso Estado foi constituído muito por cima do joelho; tivémos a Agenda 2025 mas que não foi seguida; nós não temos a capacidade de assumir a memória institucional”, afirmou o analista Ismael Mussá.

Ausência de utopias

Mussá anotou que “cada um de nós, quando entramos para o Governo, apagamos tudo o que foi feito no passado e começamos uma nova página; este é um problema que nós temos e por isso é que eu acho que é importante refletirmos sobre o Estado que nós queremos, para termos instituições mais sólidas”.

Para aquele analista, é urgente a criação de uma comissão para refletir sobre o Estado que os moçambicanos querem, “uma comissão que tenha pessoas das várias sensibilidades, para refletir o Estado que nós queremos, para evitarmos situações em que hoje queremos eleições distritais e amanhã já não queremos”.

“Quando é que nós vamos parar para refletir sobre o Estado para que a gente possa cair na normalidade, porque nós ainda não estamos na normalidade, nós estamos sempre a fazer o by-pass”.

Por seu turno, o analista Hilário Chacate diz também haver necessidade de uma reflexão profunda sobre o nosso Estado, realçando que o que acontece sempre no nosso país é a descontinuidade dos processos, porque, por exemplo, cada ministro que assume um cargo, aparece sempre com uma agenda diferente da do anterior governante.

“O país precisa de um Plano Estratégico Nacional, porque um dos problemas que nós temos como Estado, é a ausência de utopias que nos orientem e nos movimentem para a mesma direção como nação e de uma forma colectiva”, defende aquele analista.

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