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Macron alerta presidente do Irã sobre prazo para evitar sanções nucleares

De Wikinotícias

24 de setembro de 2025

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Nessa quarta (24), o presidente da França, Emmanuel Macron, disse ao seu homólogo iraniano, Masud Pezeshkian, que ainda é "possível" chegar a um acordo sobre o programa nuclear do Irã para evitar o retorno das sanções internacionais, mas que "restam apenas algumas horas".

"Cabe ao Irã responder às condições legítimas que planejamos", afirmou Macron na rede social X após o encontro com Pezeshkian na ONU, em Nova Iorque.

O presidente francês enumerou "exigências" às quais os europeus não podem "ceder": "acesso total dos inspetores da AIEA ao Irã", "transparência sobre as reservas de material enriquecido" e a "retomada imediata das negociações".

"Nossa posição é clara: o Irã nunca deve obter a arma nuclear", enfatizou Macron, destacando que, "diante do não cumprimento" por parte das autoridades iranianas "de suas obrigações no quesito nuclear", França, Alemanha e Reino Unido acionaram um processo no Conselho de Segurança da ONU "que permite reimpor sanções".

O breve encontro entre os presidentes da França e Irã constituiu a troca diplomática de maior relevância até agora, no intuito de prevenir uma nova crise relacionada ao programa nuclear iraniano, que sofreu danos.

O prazo para a reimposição das sanções é sábado, mas, apesar da temeridade diplomática mútua, as negociações parecem estar chegando a um impasse, o que está provocando uma nova corrida pelo rial em Teerã. Na quarta-feira, Macron afirmou que ainda havia uma possibilidade de acordo, ao passo que Steve Witkoff, enviado especial de Donald Trump, declarou que continuava em negociações com os iranianos. "Temos o desejo de negociar com eles", afirmou ele.

Durante seu discurso na assembleia geral da ONU na quarta-feira, Pezeshkian afirmou que o Irã nunca buscou nem buscará desenvolver uma bomba nuclear, mencionando a fatwa do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, condenando esse tipo de armamento.

No entanto, as promessas tiveram pouco impacto sobre os ministros das Relações Exteriores do grupo E3 – França, Alemanha e Reino Unido – os três países que podem cancelar ou restabelecer as sanções da ONU suspensas em 2015.

Em Nova Iorque, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, se reuniu com Rafael Grossi, diretor-geral da inspeção de armas nucleares da ONU, para determinar quais locais o Irã estava disposto a receber a visita da Agência Internacional de Energia Atômica, após os ataques conjuntos de Israel e Estados Unidos às suas instalações nucleares em junho.