MPLA e UNITA trocam acusações em ano pré-eleitoral

Fonte: Wikinotícias

20 de julho de 2021

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Os dois principais partidos políticos angolanos continuam a trocar farpas no que observadores consideram ser o aquecer dos motores em ano pré-eleitoral.

A UNITA acusou mais uma vez o MPLA de estar a comprar seus militantes, tendo, no fim de semana, apresentado uma soma de 22 milhões de kwanzas supostamente entregue pelo partido no poder que caiu numa isca, montada pelo partido da oposição, de corrupção dos seus militantes.

A imprensa pública divulgou na sexta-feira, 16, um suposto ingresso de mais de 100 militantes da UNITA no MPLA.

O MPLA já reagiu afirmando não precisar dos militantes da UNITA e acusou o partido do “galo negro” de orquestrar protestos para desestabilizar o país.

Nelito Ekuikui, deputado e secretário provincial da UNITA em Luanda, disse que a apreensão daquele montante foi graças ao acompanhamento que seu partido vem fazendo no processo de aliciamento por parte do MPLA.

“A operação começou na Cidadela com o objectivo de rumarem ao secretariado provincial do nosso partido, estou certo que existiram outras delegações, o dinheiro veio efectivamente do senhor Kawiki e ele fala em nome do primeiro secretário provincial do MPLA”, acusou Ekukui que prometeu entregar o dinheiro à Procuradoria Geral da República para a "competente investigação".

Em resposta, o primeiro secretário do partido no poder em Luanda, Bento Bento, negou a acusação e disse que "o MPLA não faz kixikila de militantes, não precisamos ir buscar militantes da UNITA”.

Por outro lado, Rui Falcão, porta-voz do MPLA, acusou Adalberto de Costa Júnior de ter orientado o deputado Nelito Ekuikui para realizar protestos com vista a desestabilizar o país.

“Senhor Adalberto Costa Júnior mais uma vez fugiu do país, depois de pagar os seus militantes, teve o azar de ouvir dos seus amigos na Alemanha de que ele não tem hipóteses, que o MPLA vai ganhar as eleições, mas o arruaceiro não aprende e a primeira coisa que fez foi ligar ao seu amigo Nelito Ekuikui para provocar confusão na cidade de Luanda”, sustentou Falcão.

Fontes