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Lancet divulga relatório anual alertando sobre aumento de mortes causadas pelo calor

Fonte: Wikinotícias

16 de novembro de 2024

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No início de novembro, a revista The Lancet divulgou o relatório Lancet Countdown de 2024 atualizando dados referente a questões ambientais, observando, por exemplo, que e 2023, na média, uma pessoa foi exposta a 50 horas a mais de calor do que no ano anterior. O estudo diz, por exemplo, que devido a isto, entre os idosos com mais de 65 anos, o número de mortes foi 167% acima do número de mortes relacionadas a esta causa na década de 1990. No entanto, mortes e doenças, principalmente infeccionsas, relacionadas ao calor podem atingir todas as faixas etárias.

122 pessoas, incluindo conselheiros da Organização Mundial da Saúde, de agências das Nações Unidas e instituições acadêmicas contribuíram para o relatório, que analisou dados globais e não só de uma região, como a Europa.

O Lancet Countdown incluiu notas de que menos de 35% dos países foram capazes de relacionar os sintomas das doenças com o calor e que menos de 10% estão aptos para relacionar alguns problemas mentais com o aumento de temperaturas. Os autores apontaram que isso limitava os recursos disponíveis para a prevenção e para o planejamento de respostas de emergência.

Além disso, no estudo os autores observaram que a indústria de combustíveis fósseis continuava a criar novos locais de mineração, uma tendência preocupante em vista da necessidade de adotar fontes de energia renováveis.

O relatório analisou 15 pontos, dos quais 10 "atingiram novos recordes preocupantes" nos últimos anos, com os cientistas apontando que em 2023 o planeta já estava 1,45 °C mais quente do que na era pré-industrial e estava a caminho de atingir 2,7 °C de aquecimento até 2100.

Os autores pediram ações urgentes para reverter os efeitos das mudanças climáticas e da poluição a fim de reduzir seu impacto no futuro. Eles também pediram melhorias na avaliação de riscos e na gestão de problemas associados à saúde e ao bem-estar.