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Líderes da UE prometem aumentar o financiamento para defender os seus países e a Ucrânia

Fonte: Wikinotícias
Ursula von der Leyen

7 de março de 2025

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Líderes da União Europeia prometeram aumentar o financiamento para a Ucrânia e sua própria defesa em uma cúpula em Bruxelas na quinta-feira, enquanto tomam medidas para se rearmar de maneiras que não faziam desde o fim da Guerra Fria.

A cúpula, também com a presença do presidente ucraniano Volodymyr Zelenski, foi a primeira para todos os 27 membros da UE desde a reunião de confronto na Casa Branca da semana passada entre o presidente dos EUA Donald Trump e Zelenski — e após a decisão de Washington de suspender a ajuda e o compartilhamento de inteligência com a Ucrânia.

"A Europa enfrenta um perigo claro e presente para se proteger e se defender, pois temos que colocar a Ucrânia em uma posição para se proteger e pressionar por uma paz duradoura e justa", disse a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sobre seu plano de US$ 865 bilhões para "rearmar a Europa". O plano visa aumentar drasticamente o arsenal de defesa da Europa contra o que muitos aqui veem como uma crescente ameaça russa — e possivelmente o desligamento dos EUA da região.

Von der Leyen falou ao lado de Zelenski, que foi convidado para parte da cúpula.

"Estamos muito gratos por não estarmos sozinhos, e estas não são apenas palavras", disse Zelenski. "Nós sentimos isso."

Além de aumentar o arsenal convencional da Europa, o presidente francês Emmanuel Macron flutuou a extensão do arsenal nuclear de seu país para outros aliados europeus, o que ele também explicou aos eleitores franceses em casa. Em um discurso televisionado à nação na quarta-feira, ele chamou a Rússia de uma ameaça à Europa pelos próximos anos, comentários denunciados por Moscou.

Em Bruxelas, muitos líderes da UE ecoaram a urgência do rearmamento, como a primeira-ministra letã Evika Silina, cujo próprio país faz fronteira com a Rússia e já aumentou drasticamente seus gastos com defesa.

"Vemos boas propostas [de] von der Leyen, mas vemos que é apenas um passo", disse Silina. "Precisamos de mais propostas daqui para frente. E vemos que é realmente uma boa oportunidade para a Ucrânia obter paz — mas por meio da força."

A UE vê um forte acordo de paz para Kiev como servindo também aos seus próprios interesses para garantir que a Rússia não vá além da Ucrânia para atacar seus próprios estados-membros. Mas alguns líderes europeus têm dúvidas, incluindo Viktor Orban, da Hungria, que tem relações amigáveis com Moscou.

Tão importante quanto investir mais dinheiro em defesa, dizem os analistas, é investir estrategicamente e reunir recursos. Ian Lesser, chefe do escritório de Bruxelas do German Marshall Fund dos Estados Unidos, disse que a cooperação era necessária.

“Os recursos que seriam necessários para reconstruir a capacidade industrial da Europa, para construir o que é, em essência, um exército europeu, mesmo dentro da OTAN, exigirão algum tipo de ação coletiva”, disse ele.

Uma questão-chave daqui para frente, dizem os analistas, é até que ponto a Europa obterá equipamentos dos Estados Unidos como fez no passado — uma maneira importante de potencialmente manter laços estreitos — ou investirá em sua própria capacidade industrial.