João Lourenço e Adalberto Costa Júnior "apostam" forte em Benguela

Fonte: Wikinotícias

19 de julho de 2022

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Agência VOA

Com a campanha eleitoral às portas, o Presidente angolano, João Lourenço, inaugura nesta semana em Benguela o Museu Nacional de Arqueologia e as primeiras centrais fotovoltaicas do país, poucos dias antes da visita de Adalberto Costa Júnior, líder da UNITA, partido que alerta para o que chama de aproveitamento político com obras públicas em fase de pobreza extrema.

A deslocação do Chefe de Estado, que estará na província também na qualidade de líder do MPLA na semana seguinte, coincide com a maior crise de água dos últimos cinco anos no litoral, que esteve na base de três vigílias na cidade do Lobito.

As autoridades investem 80 milhões de euros em programas que visam repor a capacidade de produção de água, mas ativistas cívicos não quiseram esperar e realizaram já vigílias pela crise que afeta sobretudo a zona alta do Lobito há já três meses.

É por esta razão que o analista político Sérgio Chitata, abordado sobre as obras no único Museu de Arqueologia em Angola e na Praia Morena, ao lado do palácio do governador, diz que o quadro atual impõe ações com reflexos diretos na vida do cidadão.

“Continuamos a ter os hospitais cheios, continuamos com os problemas na periferia. Tínhamos de olhar para o saneamento básico no sentido de evitarmos as doenças, as enchentes. Com o lixo exposto de qualquer maneira as doenças vão continuar”, salienta o também académico.

“É bom que tenhamos estas obras, vamos nos alegrar e engordar os olhos, mas não trazem nada de novo”, insiste Chitata.

João Lourenço inaugura dois parques que vão gerar energia solar, oferecendo à rede nacional mais de duzentos megawatts.

São obras acompanhadas ao pormenor pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, que tem estado permanentemente no Biópio e na Baía Farta.

“Pela primeira vez, vamos injetar na rede pública nacional energia destes aproveitamentos solares, é uma inovação, vai diversificar a matriz energética e tornar o sistema mais consistente”, resume o governante.

Num debate radiofónico marcado pela ausência do partido no poder, na Rádio Ecclésia de Benguela, o secretário provincial da UNITA, Adriano Sapiñala, usou a ironia de eleições todos os anos para uma Angola melhor.

“O impacto na vida do cidadão quase que é nulo. Se fosse uma questão de obras estruturantes, poderíamos dizer que foi com base num plano director”, sustenta o responsável daquele partido da oposição em Benguela, acrescentando que “se tivéssemos eleições todos os anos, talvez o MPLA servisse para governar”.

Sapiñala antevê um grande comício no próximo sábado (23), com o presidente Adalberto Costa Júnior, que apresentou já como destaque do programa de Governo, para lá de uma revisão constitucional, uma ampla cruzada contra a miséria no país.

A campanha eleitoral arranca a 24 de julho, um mês antes do dia da ida às urnas.

Fontes