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Israel inicia deportações após interceptar último barco da flotilha para Gaza

De Wikinotícias

3 de outubro de 2025

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Nessa sexta (3), Israel deu início às deportações de ativistas da flotilha que transportava assistência humanitária para Gaza. Os organizadores da missão informaram que o último dos seus barcos foi interceptado.

Em setembro passado, a flotilha Global Sumud ("resiliência" em árabe) partiu de Barcelona, transportando ativistas como Greta Thunberg e figuras políticas. O objetivo era levar ajuda ao território palestino que, de acordo com a ONU, enfrenta uma grave crise de fome.

Contudo, Israel estabelece um bloqueio naval ao redor do território, onde seu exército combate o movimento islamista palestino Hamas há quase dois anos, conflito que teve início após o ataque ocorrido em 7 de outubro de 2023.

Na quarta-feira, a Marinha de Israel iniciou a interceptação de barcos e a detenção de centenas de ativistas vindos de vários países, incluindo Brasil, Argentina, México e Espanha.

A iniciativa conta com a presença da ativista sueca Greta Thunberg, do brasileiro Thiago Ávila, da ex-prefeita de Barcelona Ada Colau e de Mandla Mandela, neto de Nelson Mandela.

De acordo com a polícia israelense, mais de 470 indivíduos foram presos. O ministério comunicou que as autoridades estavam procedendo com a deportação das outras.

As deportações foram realizadas depois que as autoridades israelenses interceptaram o último barco da Flotilha Global Sumud (GSF) na manhã de sexta-feira. As interceptações israelenses foram consideradas ilegais pela GSF, ao passo que Israel qualificou as ações da flotilha como uma "provocação".

A flotilha foi bloqueada e, como resultado, ocorreram protestos em todo o mundo, incluindo uma greve geral na Itália. Na quarta-feira, os primeiros barcos foram interceptados a aproximadamente 70 milhas náuticas da costa de Gaza, em águas internacionais, e em outras áreas mais próximas. Israel tem monitorado essa região, porém não possui autoridade sobre ela.

Israel declarou que sua Marinha instruiu os barcos a alterarem seu trajeto, uma vez que estavam "se aproximando de uma zona de combate ativa e violando um bloqueio naval legal". Por outro lado, a GSF afirmou que as interceptações foram "ilegais".

O Ministério das Relações Exteriores de Israel declarou em um comunicado: "Quatro cidadãos italianos já foram deportados. Os demais estão em processo de deportação. Israel está empenhado em encerrar esse procedimento o mais rápido possível".