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Irã aceitaria controle em suas instalações nucleares por suspensão das sanções

De Wikinotícias

7 de setembro de 2025

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Nesse domingo (7), o ministro das Relações Exteriores do Irã declarou ao jornal britânico The Guardian, que o país aceitaria a supervisão de seu programa nuclear e limitações no enriquecimento de urânio em troca da suspensão das sanções internacionais.

O Irã "está disposto a obter um acordo realista e sustentável que apresente uma vigilância rigorosa e restrições ao enriquecimento [de urânio] em troca da suspensão das sanções", afirmou o chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, em uma coluna, endereçada à França, Reino Unido e Alemanha, integrantes do grupo E3.

"Não aceitar esta janela aberta teria consequências devastadoras de um nível inédito para a região e além", alertou.

Em um artigo publicado no jornal britânico The Guardian, Araghchi solicitou que os países europeus repensassem sua decisão de reativar várias sanções da ONU até o final do mês. Ele advertiu que, caso essa "curta oportunidade de mudar de curso for perdida, as consequências podem ser destrutivas de uma forma sem precedentes para a região e para o resto do mundo".

O governo do Irã espera persuadir os europeus a postergar a reimposição das sanções no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU). Teerã argumenta que essa ação apenas beneficiaria os Estados Unidos, que assumiriam a liderança nas negociações de um novo acordo, deixando a Europa em uma posição isolada.

Embora haja disposição para negociações, existem sinais contraditórios dentro do próprio Irã. Ao passo que Araghchi declarou ter avançado nas negociações com inspetores da ONU a respeito da visita a instalações nucleares, o parlamento iraniano, controlado por conservadores, debate um projeto de lei que poderia resultar na retirada do país do tratado de não proliferação nuclear, caso as sanções sejam restabelecidas. Isso impediria que inspetores internacionais visitassem instalações nucleares no Irã.