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Hamas rejeita plano de cessar-fogo dos Estados Unidos para Gaza

De Wikinotícias

2 de outubro de 2025

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Nessa quinta (2), o líder militar do Hamas na Faixa de Gaza, Izz al-Din al-Haddad, informou aos intermediários que não aceita a proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos. Afirmou acreditar que a proposta foi criada para extinguir o grupo, independentemente de ser aprovada ou não. As informações foram divulgadas pela BBC.

Na segunda-feira (29), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), anunciou um plano de 20 pontos para resolver o conflito, o qual, segundo ele, já foi aceito por Israel. O documento exige que o Hamas seja totalmente desarmado e proíbe sua inclusão no futuro governo de Gaza.

O grupo, com sede no Qatar, demonstra uma maior disposição para negociar o acordo com algumas modificações. Contudo, sua capacidade de decisão é limitada, uma vez que não possui controle direto sobre os reféns em Gaza. Dos 48 sequestrados que continuam em cativeiro, acredita-se que apenas 20 estejam vivos.

Um dos principais obstáculos à aceitação do plano pelos membros do Hamas é a condição de que todos os reféns sejam libertados nas primeiras 72 horas do cessar-fogo. Isso removeria sua principal estratégia de negociação.

Izz al-Din al-Haddad acredita que o plano foi criado para eliminar o Hamas, a despeito de o grupo concordar ou não, e, por isso, está resoluto em prosseguir com a luta.

O plano de 20 pontos do presidente Donald Trump para encerrar a guerra, já aceito por Israel, exige que o Hamas se desarme e não tenha qualquer participação futura no governo de Gaza.

Há indícios de que alguns líderes políticos do Hamas no Catar estejam dispostos a aceitá-lo com modificações; no entanto, sua influência é restrita, uma vez que não possui controle sobre os reféns detidos pelo grupo.

Para alguns no Hamas, outro desafio é que o plano exige a entrega de todos os reféns nas primeiras 72 horas do cessar-fogo, o que significa abrir mão de sua única moeda de troca.

Apesar da garantia de Trump de que Israel respeitaria os acordos, persiste uma desconfiança no grupo quanto à possibilidade de Israel não reverter suas ações militares após a liberação dos reféns. Isso se intensificou especialmente após a tentativa de assassinar a liderança do Hamas em Doha, no mês passado, por meio de um ataque aéreo, desafiando os Estados Unidos.