Greta Thunberg alega tortura em detenção israelense após prisão da flotilha de Gaza
7 de outubro de 2025
Nessa terça (7), a ativista sueca Greta Thunberg afirmou que ela e outros detidos da flotilha de Gaza foram torturados na prisão israelense em que estavam.
Em uma coletiva de imprensa em Estocolmo, Thunberg afirmou que ela e outros indivíduos foram "sequestrados e torturados" pelas forças militares de Israel.
Ela não quis entrar em detalhes, mas, quando pressionada, afirmou que não recebeu água potável e que outros detentos foram privados de medicamentos essenciais.
"Pessoalmente, não quero compartilhar aquilo a que fui submetida porque não quero que vire manchete e 'Greta foi torturada', porque essa não é a história aqui", afirmou ela, ressaltando que o que sofreram empalidece em comparação com o que as pessoas em Gaza enfrentam todos os dias.
Aproximadamente 450 ativistas foram detidos quando as forças israelenses abordaram a Flotilha Global Sumud, uma frota de 42 embarcações que tentava quebrar o bloqueio naval israelense em Gaza e fornecer uma quantia simbólica de ajuda ao território devastado pela fome. Os detidos entre quarta e sexta-feira foram transferidos para Israel, país onde muitos continuam detidos.
A ativista sueca Greta Thunberg, o neto de Nelson Mandela, Mandla Mandela, e diversos parlamentares europeus estavam entre os presos. Saverio Tommasi afirmou que Thunberg foi atacada pelas forças israelenses depois de ser detida.
"Vimos Greta Thunberg no porto, com os braços amarrados e uma bandeira israelense ao lado, apenas uma zombaria", afirmou ele, e disse que "digamos que a zombaria fazia parte da violência verbal e psicológica que eles sempre praticavam, para menosprezar, ridicularizar e rir em situações em que não havia motivos para rir".
A revelação da flotilha aconteceu enquanto Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, aparentava estar negociando uma nova proposta de paz para Gaza, que incluía uma sugestão de cessar-fogo, ao determinar que Israel interrompesse os bombardeios na região.
Lorenzo D'Agostino, outro jornalista italiano, afirmou que os presos foram acordados várias vezes durante as duas noites que passaram atrás das grades. Além disso, eles foram ameaçados com cães e por soldados que direcionavam a mira laser de suas armas aos prisioneiros "para nos assustar". "No geral, eu me senti detido por uma organização terrorista", afirmou ele após desembarcar no Aeroporto de Istambul, onde 137 ativistas de 13 países chegaram de Israel no sábado.
Fontes
[editar | editar código]- ((pt)) Greta Thunberg alega tortura em detenção israelense após prisão da flotilha de Gaza — Universo Online, 7 de outubro de 2025
- ((en)) Gaza flotilla activists allege abuse and humiliation while being detained in Israel — ABC7, 7 de outubro de 2025

