Governo prevê início da vacinação de trabalhadores portuários até final de maio

Fonte: Wikinotícias

20 de abril de 2021

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O governo federal anunciou nesta segunda-feira (19) a intenção de começar a vacinar trabalhadores portuários contra a Covid-19 até o final do mês de maio. O anúncio foi feito durante audiência pública da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados.

Encarregados de atividade definida como essencial durante a pandemia, os portuários já fazem parte da lista de grupos considerados prioritários pelo Ministério da Saúde na vacinação contra a doença. No entanto, como ocupam a penúltima posição na lista, à frente apenas dos trabalhadores da indústria, até o momento os portuários ainda não foram convocados para a vacinação.

Presidente da Federação Nacional dos Estivadores (FNE), José Adilson Pereira cobrou urgência na vacinação dos portuários e não descartou a paralisação de portos brasileiros por conta do número de trabalhadores contaminados pelo novo coronavírus. “Nós somos porta de entrada. É por nós que passam todas as mercadorias do País. Temos contato com tripulações, com pessoas que vêm de outros países”, observou. "Se param os portos, o Brasil vai à bancarrota.”

Plano de vacinação

Estivador e mestrando da Unifesp Campus Baixada Santista, João Renato da Silva Nunes recomendou ao Ministério da Saúde uma revisão do atual Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19 a fim de acelerar a vacinação da categoria.

"Eles não se preocuparam com os riscos de cada cidade. Se você pegar o [plano] americano, o chileno, o australiano, o chinês e o israelense, eles foram cortados pela cidade. Cada cidade tem o seu risco. Será que o ministério não está seguindo o SUS? O SUS não adota a mesma política para uma cidade portuária e para uma cidade do interior”, alertou.

Segundo Nunes, mesmo submetidos a um alto risco de contaminação pelo coronavírus, os portuários continuaram trabalhando 24 horas por dia desde o começo da pandemia. “Entrar a bordo de um navio é como cruzar a divisa com diversos países”, destacou.

Fontes