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General Braga Neto, aliado próximo de Bolsonaro, é preso por tentar obstruir investigação sobre golpe de estado

Fonte: Wikinotícias

14 de dezembro de 2024

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou neste sábado a prisão do general de Exército da reserva Walter Souza Braga Netto a pedido da Polícia Federal após parecer favorável da Procuradoria Geral da República. O ministro também autorizou busca e apreensão em relação a ele e ao coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor do general.

Ambos são suspeitos de envolvimento em tentativa de golpe de Estado e de obstrução de Justiça por tentar atrapalhar as investigações sobre o episódio.

A Polícia Federal apontou “fortes e robustos elementos de prova” que demonstram a participação ativa do general Braga Netto na tentativa de pressão aos comandantes das Forças Armadas para aderirem à tentativa de golpe. Segundo a PF, o general também teria atuado para obter informações sobre a delação premiada de Mauro Cid e na obtenção e entrega de recursos financeiros para execução de monitoramento de alvos e planejamento de sequestros e, possivelmente, homicídios de autoridades.

Ao analisar pedido da PF, o ministro apontou que as investigações da operação Contragolpe e depoimentos do colaborador Mauro Cid “revelaram a gravíssima participação de Walter Souza Braga Netto nos fatos investigados, em verdadeiro papel de liderança, organização e financiamento, além de demostrar relevantes indícios de que o representado atuou, reiteradamente, para embaraçar as investigações”.

Em relação aos dois investigados, o ministro determinou ainda a proibição de contato com outros investigados e ordenou a retirada do sigilo da decisão, da representação da Polícia Federal e do parecer da Procuradoria Geral da República.

Braga Netto concorreu como vice-presidente na chapa com Bolsonaro, derrotada por Lula da Silva e Geraldo Alckmin, e foi preso por tentar atrapalhar as investigações para tentar obstruir a Justiça. De acordo com a Agência Brasil, ele tentou "obter detalhes da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, para a Polícia Federal em setembro do ano passado".

Segundo a Polícia Federal, que prendeu Braga Netto no Rio de Janeiro e seu assessor Flávio Botelho Peregrino no Distrito Federal, as prisões foram feitas com apoio do Exército Brasileiro após Moraes expedir os mandatos.

Braga Netto será entregue ao Comando Militar do Leste e ficará sob custódia do Exército.

Fontes