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G20 Social discute meta de tirar 600 milhões de pessoas da pobreza até 2030

Fonte: Wikinotícias

17 de novembro de 2024

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Enquanto o Brasil se prepara para receber líderes das 20 maiores economias do mundo para a cúpula do Grupo dos 20, outro evento está acontecendo no Rio de Janeiro, que reúne a sociedade civil global para discussões cruciais.

A Cúpula Social do G20 do Brasil, uma iniciativa do governo brasileiro, marca o primeiro evento em que cidadãos de todo o mundo, bem como organizações sem fins lucrativos e comunitárias, são convidados a participar de uma série de conferências menores.

Uma das iniciativas mais comentadas é o lançamento da Aliança Global Contra a Fome — um grupo proposto pelo governo brasileiro para arrecadar fundos e implementar políticas destinadas a reduzir a fome em todo o mundo.

Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, disse à VOA que esta iniciativa está aberta a qualquer nação. Ele disse que o G20 abordando a fome e a pobreza é um desafio significativo e um novo desenvolvimento.

Dias disse que a recente pandemia de COVID e as mudanças climáticas criaram um problema para o mundo.

"Isso interrompeu ainda mais o processo de imigração", disse Dias em uma entrevista em português. "Também começamos a enfrentar situações envolvendo mudanças climáticas e pessoas chamadas de refugiados climáticos. Daí a necessidade de abordar esta questão."

Brasil, Gana, Zimbábue, Quênia, Chile, Indonésia e República Dominicana delinearam suas estratégias. Os países que apoiam esses esforços incluem Alemanha, França, Reino Unido, Noruega e Espanha, bem como a União Europeia e organizações como o Banco Mundial, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação e o Programa Mundial de Alimentos.

As medidas propostas incluem a expansão de programas de transferência de renda para apoiar 500 milhões de pessoas, fornecer refeições escolares para mais 150 milhões de crianças e oferecer serviços de saúde para 200 milhões de mulheres e crianças menores de 6 anos.

“O que precisamos para resolver a fome é muito menos do que o que é alocado para guerras [e conflitos]. … O objetivo aqui é desenvolver uma solução adaptada às necessidades de cada país. Não se trata apenas de distribuir cestas básicas, mas também de entregar um plano de desenvolvimento”, disse Dias.

As autoridades brasileiras disseram que esse compromisso financeiro deve vir de cerca de 40 países membros da aliança, 13 organizações internacionais e instituições financeiras, 19 grandes fundações filantrópicas, organizações da sociedade civil, organizações não governamentais e outras organizações sem fins lucrativos.

Dias disse que a aliança deve atingir sua meta de 100 países nos próximos meses, com mais de 50 nações preparando planos para aderir. No entanto, ele disse que para aderir à aliança, os países devem apresentar planos bem definidos e projetos comprovados que efetivamente reduzam a pobreza.