Força Nacional chega ao Rio Grande do Sul para intervir em conflitos entre indígenas

Fonte: Wikinotícias

19 de outubro de 2021

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Mais de uma centena de militares chegaram ontem ao Rio Grande do Sul para atuar em duas reservas caingangues onde há conflitos. Uma delas está localizada em Serrinha (entre os municípios de Ronda Alta e Engenho Velho) e a outra em Guarita (maior área indígena gaúcha, situada entre os municípios de Tenente Portela e Redentora, próximo à fronteira com a Argentina).

A situação mais grave é em Serrinha, onde o conflito é entre apoiadores do cacique Márcio Claudino e parentes distantes, que consideram a liderança do cacique ilegítima. Na semana passada, a caminhonete onde Claudino viajava foi alvejada com 27 tiros, mas ele e seus acompanhantes escaparam sem ferimentos.

Como represália, apoiadores do cacique foram atrás dos atiradores e mataram dois índios caingangues, que supostamente seriam os autores da tentativa de homicídio. Além disto, Claudino também mandou prender alguns opositores, que teriam sido espancados. Algumas residências também foram incendiadas, obrigando os moradores a fugir da região.

Por trás dos conflitos está o arrendamento de terras, o que é proibido por lei, já que terras indígenas pertencem à União. Ontem, o Conselho Indigenista Missionário – Cimi Regional Sul, emitiu uma nota onde enfatizou que "os que arrendam as terras indígenas precisam ser responsabilizados pelos crimes" e que "repudia a covardia dos crimes", reportando ainda que "há registros de conflitos internos, em função dos arrendamentos, nas terras de Nonoai, Serrinha, Ventara, Carreteiro e Guarita".

Fontes