Festival de Cannes é marcado por protesto contra impeachment no Brasil

Fonte: Wikinotícias

Agência Brasil

17 de maio de 2016

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Artistas brasileiros que apresentam o filme Aquarius no 69º Festival de Cinema de Cannes, na França, fizeram hoje (17) um protesto contra o afastamento temporário de Dilma Rousseff da presidência da República.

Ao subir o tapete vermelho, a equipe liderada pelo diretor Kleber Mendonça Filho, acompanhado das atrizes brasileiras Maeve Jinkings e Sônia Braga, além da atriz Barbara Colen, do produtor Emilie Lesclaux e convidados, seguravam cartazes com frases cartazes com mensagens contra o processo de Impeachment.

Mensagens, em inglês e francês, que traduzidos ao português, eram: “Um golpe de estado ocorreu no Brasil”, “Brasil vive um golpe de Estado”, “O mundo não pode aceitar um governo ilegítimo”, “54.501.118 de votos queimados!”, “Nós resistiremos” e “O Brasil não é mais uma democracia”. Um dos presentes abriu sua camisa para deixar à mostra uma camiseta com a frase “Super Dilma”, em referência à presidenta afastada Dilma Rousseff. Pouco antes da exibição, a câmera do festival filmava Sônia Braga e alguém posicionou um pequeno cartaz atrás dela: “Salvem a democracia brasileira”. O protesto foi destaque na página oficial do festival na internet e na página de relacionamentos Facebook.

"Aquarius", é protagonizado por Sonia Braga como uma crítica de música aposentada que trava uma disputa contra um empresário que quer demolir seu prédio, último de seu estilo em Boa Viagem, no Recife, para construir um novo empreendimento. O longa foi extremamento elogiado pelos especialistas presentes que aplaudiram o filme por sete minutos. Elenco e o diretor Kléber Mendonça Filho deixaram o Palácio dos Festivais emocionados e pode-se ouvir até em indicação de Sônia Braga ao Oscar.

Na madrugada do último dia 12, o Senado Federal aprovou a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, por 55 votos a favor e 22 votos contrários. Com isso, foi determinado o afastamento de Dilma do cargo por até 180 dias, até que o mérito do impeachment seja votado. Após ser notificada do afastamento, o então vice-presidente Michel Temer recebeu a função para assumir interinamente a Presidência da República na manhão do mesmo dia.

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