Falta de comida coloca o norte da América Central em maior risco

Fonte: Wikinotícias

8 de junho de 2021

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Vastas faixas da população do chamado Triângulo Norte da América Central estão sob alto risco de fome severa. Dados compilados por diferentes organizações da região revelam os problemas que colocam o istmo em maiores dificuldades.

Até março deste ano, foram contabilizados 7,3 milhões de pessoas na Guatemala, Honduras e El Salvador que se encontravam em situação de crise ou emergência alimentar, segundo registros do Sistema de Integração Centro-Americana (SICA) e sua divisão responsável pelo assunto cujas projeções para o próximo período, que culminará em setembro próximo, não são nada animadoras.

As condições de vulnerabilidade desta região, que sofre com os efeitos das mudanças climáticas, mais o impacto da pandemia que atingiu desproporcionalmente as áreas urbanas onde persistem altas taxas de desemprego.

A Fundação Salvadorenha para o Desenvolvimento Econômico e Social (FUSADES) estima que em El Salvador os trabalhadores autônomos em condições de subsistência chegam a representar até 70% da força produtiva do país, número muito semelhante aos vizinhos Guatemala e Honduras.

A diretora do Departamento de Estudos Sociais desta entidade, Helga Cuellar, afirma que se as projeções de falta de alimentos se concretizarem, El Salvador veria quase o dobro da cifra de 684 mil - que em março se encontravam em situação de crise alimentar - para mais de 1 milhão no final de 2021.

As projeções para Guatemala e Honduras também apontam para a mesma linha de preocupação.

“Se as medidas cabíveis não forem tomadas até agosto deste ano, até 16% da população pode estar em situação de emergência ou crise”, diz Cuellar, referindo-se ao país de menor extensão territorial e mais densamente povoado no continente americano, o que representa um desafio para a autossuficiência alimentar.

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