Estimativa de 13 assassinatos diários de jovens de 2006 a 2012 causa surpresa, diz subsecretária

Fonte: Wikinotícias

Agência Brasil

Brasília • 21 de julho de 2009

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Ao comentar os dados de pesquisa divulgada hoje (21) sobre violência contra adolescentes, a subsecretária dos Direitos da Criança e do Adolescente da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH), Carmen Oliveira, afirmou que a estimativa de mais de 33 mil assassinatos entre jovens de 12 a 18 anos no período de 2006 a 2012 causou “surpresa”.

A íntegra do estudo pode ser consultada na internet.

“Isso significa que teremos 13 mortes diárias por assassinatos de adolescentes. Considerando a preocupação brasileira com a gripe suína, em que cada morte é contabilizada dia a dia, é importante que a sociedade tenha a mesma indignação e preocupação com essas vidas perdidas na adolescência”, disse.

Segundo a subsecretária, a SEDH fez esta semana uma espécie de “pactuação” com gestores municipais e estaduais – sobretudo dos municípios com os maiores índices de assassinato na adolescência – para organizar ações conjuntas, diagnósticos locais e enfrentamento integrado do problema. Ela reconheceu a “ineficiência” e a “insuficiência” de políticas públicas, inclusive diante de situações como a evasão escolar. Com isso, lembrou Carmen, o adolescente acaba indo para a rua e encontrando na criminalidade uma fonte de sobrevivência.

Segundo o professor Inácio Cano, membro do Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de janeiro (Uerj), o Brasil é um dos países mais violentos da América Latina, atrás apenas de El Salvador e da Venezuela. “Isso levando em consideração que a América Latina já é uma das regiões mais violentas do mundo.”

Ele avaliou que no país há um “problema central”de violência letal. Para Cano, as políticas públicas brasileiras estão voltadas para a violência contra o patrimônio quando deveriam priorizar a violência contra a vida.

"Está na hora de o Brasil mudar suas prioridades”, disse, ao ressaltar que a probabilidade de um adolescente brasileiro ser vítima de arma de fogo chega a ser três vezes maior do que a de ser assassinado de outra forma. “A arma de fogo tem que ser sempre foco em qualquer política de prevenção.”

Na avaliação do representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Manuel Buvinich, 60% dos ganhos que o país alcançou com a redução da mortalidade entre crianças de até 5 anos “se perdem” diante dos altos índices de assassinato de adolescentes. “Ficamos muito preocupados com o fato de a violência letal começar tão cedo, aos 12 anos."

Fonte

  • Paula Laboissière. Estimativa de 13 assassinatos diários de jovens de 2006 a 2012 causa surpresa, diz subsecretária — Agência Brasil <span title="ctx_ver=Z39.88-2004&rfr_id=info%3Asid%2Fpt.wikinews.org%3AEstimativa+de+13+assassinatos+di%C3%A1rios+de+jovens+de+2006+a+2012+causa+surpresa%2C+diz+subsecret%C3%A1ria&rft.au=Paula+Laboissi%C3%A8re&rft.btitle=Estimativa+de+13+assassinatos+di%C3%A1rios+de+jovens+de+2006+a+2012+causa+surpresa%2C+diz+subsecret%C3%A1ria&rft.date=Erro Lua em Módulo:ISO na linha 17: attempt to index local 'input' (a nil value).&rft.genre=unknown&rft.pub=Ag%C3%AAncia+Brasil&rft_id=http%3A%2F%2Fwww.agenciabrasil.gov.br%2Fnoticias%2F2009%2F07%2F21%2Fmateria.2009-07-21.4662548610%2Fview&rft_val_fmt=info%3Aofi%2Ffmt%3Akev%3Amtx%3Abook" class="Z3988">