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Estados Unidos pondera o que fazer com Venezuela após se declarar em 'conflito armado' contra cartéis

De Wikinotícias

7 de outubro de 2025

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Nessa terça (7), o governo de Donald Trump acredita ter os fundamentos jurídicos necessários para justificar seus ataques letais no Caribe, enquanto especialistas em Washington discutem se isso poderia ser o início de uma ação mais extensa contra a Venezuela.

Em uma carta oficial ao Congresso, Trump afirmou que os Estados Unidos estão em um "conflito armado" com os cartéis do narcotráfico, enquanto alguns legisladores questionavam a legalidade dessas ações contra embarcações.

A Constituição dos Estados Unidos determina que somente o Congresso possui o poder de declarar guerra.

Veículos de imprensa dos Estados Unidos noticiaram um novo memorando do Departamento de Justiça que justificaria o uso de agências como a CIA em operações contra o governo de Nicolás Maduro. Isso poderia fazer com que Washington voltasse a se relacionar com a América Latina como fazia antigamente.

Trump disse a Richard Grenell, ex-assessor que comandava a diplomacia com a Venezuela, que ele deveria desistir de negociar com o governo de Nicolás Maduro, conforme relataram pessoas que pediram anonimato por não estarem autorizadas a se pronunciar publicamente. Grenell mantinha diálogos com autoridades da Venezuela a cada poucos dias.

O New York Times já havia noticiado a decisão anteriormente. Ela representa uma conquista para Rubio, que havia se envolvido em um conflito territorial com Grenell e defende uma postura mais rigorosa em relação ao governo Maduro. Os pedidos de comentário não foram respondidos de imediato pela Casa Branca e pelo Departamento de Estado.

Trump já autorizou diversos ataques a embarcações de tráfico de drogas no mar e, recentemente, indicou que poderia instruir os militares dos Estados Unidos a intensificarem essas ações, atingindo a infraestrutura do cartel em terra — uma ação que também poderia incluir ataques arriscados a alvos militares na Venezuela.

Nos primeiros dias da administração Trump, Grenell viajou a Caracas e se reuniu com Maduro para negociar um acordo visando a libertação de americanos em cativeiro e a retomada dos voos de deportação dos Estados Unidos, que estavam suspensos. Um dos objetivos era um acordo que permitisse à Venezuela expandir as vendas de petróleo e aliviasse as sanções econômicas paralisantes.