Europa proíbe voos da África Austral, incluindo Moçambique, devido a nova variante da COVID-19: diferenças entre revisões

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Revisão das 01h41min de 27 de novembro de 2021

26 de novembro de 2021

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Agência VOA

A Europa apressou-se a proibir as viagens da África Austral nesta sexta-feira (26), para abrandar a propagação de uma nova estirpe Covid-19, designada B.1.1.529., que os cientistas temem que possa torpedear os esforços para vencer a pandemia.

A Áustria, República Checa, Alemanha, Itália e Holanda juntaram-se na sexta-feira à Grã-Bretanha no anúncio de proibições de viagem.

Todas as proibições incluíram a África do Sul, e em muitos casos também Moçambique, Botsuana, Essuatíni (antiga Suazilândia), Lesoto, Namíbia, Zâmbia e Zimbabué.

Os mercados globais mergulharam à medida que eram divulgadas as notícias de uma nova variante mais infecciosa do que o Delta e possivelmente mais resistente às vacinas.

Os cientistas estão agora a correr para determinar as características e a ameaça da estirpe fortemente mutante, designada B.1.1.529.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que poderia levar várias semanas a compreender a variante e advertiu contra a imposição de novas restrições de viagem.

A Europa já luta para fazer face a um novo surto de coronavírus, e as restrições de regresso têm provocado tumultos em alguns países.

A comissão da UE disse que iria coordenar rapidamente uma ação conjunta entre os 27 Estados-membros do bloco.

A pressa em encerrar as portas à África Austral surge um dia depois de os cientistas em Joanesburgo dizerem ter detectado a nova estirpe com pelo menos 10 mutações, em comparação com duas para Delta.

O coronavírus evolui à medida que se espalha e muitas novas variantes, incluindo aquelas com mutações preocupantes, muitas vezes desaparecem. Os cientistas monitorizam possíveis alterações que possam tornar o vírus mais transmissível ou mortal, mas determinar se as novas variantes terão um impacto na saúde pública pode levar tempo.

A variante era de "grande preocupação" e tinha sido responsabilizada por um aumento do número de infecções, disseram as autoridades da África do Sul na quinta-feira.

Também tinha sido detectada no Botsuana e em Hong Kong entre os viajantes da África do Sul.

Israel disse que tinha colocado em quarentena três pessoas, todas vacinadas, identificadas com a nova variante, tendo uma acabado de regressar do Malawi.

A OMS disse estar a "acompanhar de perto" a variante e a ponderar se deveria ser designada como uma variante de "interesse" ou de "preocupação".

A nova variante entrou em cena à medida que os países europeus anunciavam novas medidas para enfrentar a devastação da variante Delta, que está de novo a trazer uma escassez crítica de camas nos hospitais.

A Alemanha, a República Checa e Portugal — que tem uma das taxas de vacinação mais elevadas do mundo — anunciaram todas as novas medidas nos últimos dias para conter uma maré de infecções que tem sido pior que se antecipava.

As autoridades holandesas estavam a preparar-se para novos tumultos antes de um anúncio esperado na sexta-feira pelo Primeiro-Ministro Mark Rutte para apertar um bloqueio parcial à medida que as infecções atingissem níveis recorde.

A Bélgica, que assistiu a cenas semelhantes de violência no fim-de-semana passado, deverá também anunciar novas medidas.

Na Ásia, a rígida política chinesa de zero de vacinação levou Xangai a cancelar centenas de voos e a encerrar algumas escolas depois de terem sido registados três casos locais, disseram as autoridades sanitárias na sexta-feira.

Mas os efeitos da pandemia levaram mesmo os mais cépticos na cena mundial a abraçar algumas medidas anti-vírus.

"No que me diz respeito, não deveríamos ter carnaval" em fevereiro, disse o Presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

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