Ebola: especialistas apontam graves deficiências na resposta espanhola ao vírus: diferenças entre revisões

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Falta de formação, desconhecimento sobre os protocolos ou uso de equipamentos inadequados são algumas das deficiências detectadas por equipe de especialistas que analisou a resposta espanhola ao vírus ebola. As conclusões fazem parte de uma investigação detalhada realizada por especialistas do Conselho Geral de Enfermagem (CGE) sobre o primeiro caso de contágio de ebola fora da África, o da auxiliar de enfermagem espanhola Teresa Romero, infectada em Madri.
Falta de formação, desconhecimento sobre os protocolos ou uso de equipamentos inadequados são algumas das deficiências detectadas por equipe de especialistas que analisou a resposta espanhola ao vírus ebola. As conclusões fazem parte de uma investigação detalhada realizada por especialistas do Conselho Geral de Enfermagem (CGE) sobre o primeiro caso de contágio de ebola fora da África, o da auxiliar de enfermagem espanhola Teresa Romero, infectada em Madri.


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“Os profissionais asseguram que não receberam formação necessária e não conhecem os protocolos. Não se sentem com garantias suficientes para atender estes pacientes. E queixam-se de ter estado em situações em que não sabiam o que fazer”, disse Maximo Gonzalez Jurado, um dos autores da investigação.
“Os profissionais asseguram que não receberam formação necessária e não conhecem os protocolos. Não se sentem com garantias suficientes para atender estes pacientes. E queixam-se de ter estado em situações em que não sabiam o que fazer”, disse Maximo Gonzalez Jurado, um dos autores da investigação.


Óculos inadequados fornecidos para o tratamento e deficiências nos uniformes, contacto com resíduos, uso de antissépticos inadequados na medicina preventiva, que podem provocar danos nos uniformes, e falta de formação para o processo pós-morte são outros problemas apontados. O estudo detectou erros na forma como o uso do uniforme foi explicado, tanto na colocação como, depois de contacto com o paciente, na retirada.
Óculos inadequados fornecidos para o tratamento e deficiências nos uniformes, contacto com resíduos, uso de antissépticos inadequados na medicina preventiva, que podem provocar danos nos uniformes, e falta de formação para o processo pós-morte são outros problemas apontados. O estudo detectou erros na forma como o uso do uniforme foi explicado, tanto na colocação como, depois de contacto com o paciente, na retirada.


“Em matéria de vigilância da saúde, o profissional deve ser consultado e [tal providência] nunca foi [levada] em conta na hora de avaliar o risco. Os profissionais tiveram de pedir, em vários casos, formação às autoridades: há uma lei que obriga que [o procedimento] seja feito e como se tem de fazer”, explicou.
“Em matéria de vigilância da saúde, o profissional deve ser consultado e [tal providência] nunca foi [levada] em conta na hora de avaliar o risco. Os profissionais tiveram de pedir, em vários casos, formação às autoridades: há uma lei que obriga que [o procedimento] seja feito e como se tem de fazer”, explicou.


Em entrevista, Gonzalez Jurado disse que, mesmo antes do contágio, um primeiro relatório sobre a resposta ao vírus dizia haver "deficiências importantes do ponto de vista da segurança dos profissionais”, confirmado com o relatório final. A investigação detalhada começou no dia 6 de outubro. Horas depois, surgiu o alerta do contágio da auxiliar de enfermagem. Tal acontecimento, segundo disse Gonzalez Jurado, acabou por ser o “bode expiatório” do caso de infecção.
Em entrevista, Gonzalez Jurado disse que, mesmo antes do contágio, um primeiro relatório sobre a resposta ao vírus dizia haver "deficiências importantes do ponto de vista da segurança dos profissionais”, confirmado com o relatório final. A investigação detalhada começou no dia 6 de outubro. Horas depois, surgiu o alerta do contágio da auxiliar de enfermagem. Tal acontecimento, segundo disse Gonzalez Jurado, acabou por ser o “bode expiatório” do caso de infecção.


“Quando ocorreu o contágio era claro desde o primeiro momento que se ia penalizar e culpar Teresa como a responsável do seu contágio. Não tínhamos dúvidas”, disse. “Jamais o sistema erra, só erram os profissionais. Sempre achamos que se ia encontrar um bode expiatório que, neste caso, seria a profissional”. A divulgação do relatório ocorre no dia em que será conhecido o resultado do último exame de Teresa Romero. Se for negativo como o anterior, feito no domingo, o resultado confirmará que ela superou a doença.
“Quando ocorreu o contágio era claro desde o primeiro momento que se ia penalizar e culpar Teresa como a responsável do seu contágio. Não tínhamos dúvidas”, disse. “Jamais o sistema erra, só erram os profissionais. Sempre achamos que se ia encontrar um bode expiatório que, neste caso, seria a profissional”. A divulgação do relatório ocorre no dia em que será conhecido o resultado do último exame de Teresa Romero. Se for negativo como o anterior, feito no domingo, o resultado confirmará que ela superou a doença.
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Revisão das 04h42min de 21 de julho de 2018

Espanha • 21 de outubro de 2014

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Falta de formação, desconhecimento sobre os protocolos ou uso de equipamentos inadequados são algumas das deficiências detectadas por equipe de especialistas que analisou a resposta espanhola ao vírus ebola. As conclusões fazem parte de uma investigação detalhada realizada por especialistas do Conselho Geral de Enfermagem (CGE) sobre o primeiro caso de contágio de ebola fora da África, o da auxiliar de enfermagem espanhola Teresa Romero, infectada em Madri.

“Os profissionais asseguram que não receberam formação necessária e não conhecem os protocolos. Não se sentem com garantias suficientes para atender estes pacientes. E queixam-se de ter estado em situações em que não sabiam o que fazer”, disse Maximo Gonzalez Jurado, um dos autores da investigação.

Óculos inadequados fornecidos para o tratamento e deficiências nos uniformes, contacto com resíduos, uso de antissépticos inadequados na medicina preventiva, que podem provocar danos nos uniformes, e falta de formação para o processo pós-morte são outros problemas apontados. O estudo detectou erros na forma como o uso do uniforme foi explicado, tanto na colocação como, depois de contacto com o paciente, na retirada.

“Em matéria de vigilância da saúde, o profissional deve ser consultado e [tal providência] nunca foi [levada] em conta na hora de avaliar o risco. Os profissionais tiveram de pedir, em vários casos, formação às autoridades: há uma lei que obriga que [o procedimento] seja feito e como se tem de fazer”, explicou.

Em entrevista, Gonzalez Jurado disse que, mesmo antes do contágio, um primeiro relatório sobre a resposta ao vírus dizia haver "deficiências importantes do ponto de vista da segurança dos profissionais”, confirmado com o relatório final. A investigação detalhada começou no dia 6 de outubro. Horas depois, surgiu o alerta do contágio da auxiliar de enfermagem. Tal acontecimento, segundo disse Gonzalez Jurado, acabou por ser o “bode expiatório” do caso de infecção.

“Quando ocorreu o contágio era claro desde o primeiro momento que se ia penalizar e culpar Teresa como a responsável do seu contágio. Não tínhamos dúvidas”, disse. “Jamais o sistema erra, só erram os profissionais. Sempre achamos que se ia encontrar um bode expiatório que, neste caso, seria a profissional”. A divulgação do relatório ocorre no dia em que será conhecido o resultado do último exame de Teresa Romero. Se for negativo como o anterior, feito no domingo, o resultado confirmará que ela superou a doença.

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