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Edmundo González diz que retornará à Venezuela “o mais rápido possível” para tomar posse como presidente

Fonte: Wikinotícias
Edmundo González Urrutia

5 de outubro de 2024

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O ex-candidato da oposição Edmundo González Urrutia afirmou esta sexta-feira que a sua saída da Venezuela é “apenas temporária” e afirmou que regressará ao país sul-americano para tomar posse como presidente eleito.

Durante o seu discurso num evento empresarial em Espanha, no seu primeiro discurso público desde a sua chegada, pediu também maior pressão da comunidade internacional para conseguir o reconhecimento dos resultados das eleições presidenciais de 28 de julho.

“Voltarei à Venezuela o mais rápido possível, quando restaurarmos a democracia em nosso país e 10 de janeiro for a data constitucionalmente prevista para a posse, e espero que a vontade popular de oito milhões de venezuelanos seja cumprida”. naquele dia”, disse ele.

A oposição afirma que o resultado das eleições de 28 de julho foi manipulado a favor do atual presidente, Nicolás Maduro, e que na realidade este teria perdido por larga margem para González.

González fugiu para Espanha na semana em que as autoridades venezuelanas emitiram um mandado de prisão contra ele, acusando-o de conspiração e outros crimes.

O líder da oposição reiterou que foi forçado a abandonar o país devido a “pressões indescritíveis” e ameaças extremas que afetaram “o que estava mais próximo” da sua vida familiar, ao mesmo tempo que se referiu à escalada da repressão que o seu país sofre.

Edmundo González já havia dito que o governo do presidente Nicolás Maduro o obrigou a assinar um documento que o obrigava a reconhecer a vitória do presidente para garantir a sua passagem segura para Espanha. Caracas nega as acusações e insiste que alega ter gravado áudios de González que provariam que não houve chantagem, como afirma a oposição.

O embaixador reformado, de 75 anos, chegou a Espanha no mês passado depois de ter solicitado asilo político à embaixada daquele país. O Ministério Público da Venezuela o investiga, entre outros crimes, pela publicação dos registros eleitorais recolhidos pela oposição.

A ata, apresentada pelo Centro Carter à Organização dos Estados Americanos, provaria que González venceu as eleições presidenciais venezuelanas com 67% dos votos.

Mais de dois meses depois das eleições, a autoridade eleitoral que declarou a vitória de Maduro ainda não divulgou os resultados desagregados, algo que tem sido questionado por dezenas de países que não reconhecem a vitória do presidente.

Experiências terríveis

Em seu discurso perante o Fórum La Toja, González destacou as “experiências terríveis” que seus compatriotas enfrentam na Venezuela, produto do “medo, chantagem, ameaças e intimidação, que leva a sociedade a manter um silêncio forçado e a manter uma atitude, apenas em aparência, indiferente ao que está acontecendo.”

O ex-candidato presidencial mencionou ainda as dificuldades que os venezuelanos enfrentam para se manterem informados face à censura implementada no país e reiterou que espera recuperar a institucionalidade na Venezuela.

Expressou também a esperança de que os milhares de venezuelanos que foram forçados a migrar “encontrem no seu próprio país as condições necessárias para regressar e construir um futuro”.