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EUA e Ucrânia assinam acordo sobre minerais

Fonte: Wikinotícias
Ministra da Economia da Ucrânia, Yulia Svyrydenko

1 de maio de 2025

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Os Estados Unidos e a Ucrânia assinaram um "acordo de parceria econômica" que dará a Washington acesso aos minerais de terras raras de Kiev em troca do estabelecimento de um fundo de investimento no país europeu.

Os EUA e a Ucrânia vêm tentando fechar o acordo sobre recursos naturais desde que o presidente americano, Donald Trump, retornou à Casa Branca em janeiro.

O acordo surge após semanas de intensas negociações que, por vezes, se tornaram amargas e temporariamente prejudicaram a ajuda de Washington à Ucrânia.

O Departamento do Tesouro dos EUA anunciou na quarta-feira que ambos os países assinaram o acordo. "Como disse o presidente, os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar a facilitar o fim desta guerra cruel e sem sentido", disse o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em um comunicado.

"Este acordo sinaliza claramente à Rússia que o governo Trump está comprometido com um processo de paz centrado em uma Ucrânia livre, soberana e próspera a longo prazo", disse Bessent, acrescentando: "E, para deixar claro, nenhum Estado ou pessoa que financiou ou forneceu a máquina de guerra russa poderá se beneficiar da reconstrução da Ucrânia."

A ministra da Economia da Ucrânia, Yulia Svyrydenko, esteve em Washington para assinar em nome do governo ucraniano.

Entre os termos do acordo estão a permanência da "propriedade e controle totais" com a Ucrânia, conforme publicou ela no X na quarta-feira.

“Todos os recursos em nosso território e em águas territoriais pertencem à Ucrânia”, disse ela, acrescentando: “É o Estado ucraniano que determina o que e onde extrair. O subsolo permanece sob propriedade ucraniana — isso está claramente estabelecido no Acordo.”

A assinatura ocorre horas após um desentendimento de última hora sobre quais documentos assinar na quarta-feira, que ameaçava inviabilizar o acordo.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, esperava fechar o acordo durante sua viagem a Washington em fevereiro — mas o acordo não foi assinado quando a visita foi interrompida após a controversa reunião no Salão Oval.

Entre os principais pontos de discórdia das negociações estava a questão das garantias de segurança — e se os EUA as forneceriam como parte do acordo. Trump inicialmente recusou, afirmando que queria que a Ucrânia assinasse o acordo primeiro e falasse sobre as garantias depois.

Naquela época, Zelensky descreveu o rascunho do acordo como um pedido para que ele "vendesse" seu país. Desde então, autoridades ucranianas indicaram acreditar que o investimento americano e a presença de empresas americanas na Ucrânia tornariam os EUA mais interessados ​​na segurança da Ucrânia.

Logo após a visita frustrada à Casa Branca, Trump ordenou a suspensão da ajuda americana à Ucrânia. Embora a assistência tenha sido restaurada, o episódio serviu como um grande alerta para os aliados europeus da Ucrânia, que se comprometeram a intensificar a ajuda ao país.