Diretor-executivo da Polícia Federal, preso acusado de corrupção, é solto

Fonte: Wikinotícias

Agência Brasil

Brasília, Distrito Federal, Brasil • 17 de setembro de 2008

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O diretor-executivo afastado da Polícia Federal, delegado Romero Menezes, que foi preso ontem, foi solto na madrugada de hoje, segundo informou a assessoria de imprensa da PF, após ficar mais de 12 horas preso. O Tribunal Regional Federal da 1º Região revogou a prisão do delegado acusado de vazar informações da Operação Toque de Midas e também de favorecer uma empresa do irmão.

Na tarde de ontem, em Brasília, o superintendente regional do Departamento de Polícia Federal, no Amapá, Anderson Rui Fontela dise à imprensa que a prisão de Menezes foi efetivada para que não houvesse prejuízos à investigação que corre em segredo de Justiça. “A prisão temporária ocorreu porque no entendimento do Ministério Público e do juiz, no cargo, ele poderia atrapalhar as investigações.”

Também ontem, o diretor de combate ao crime organizado da Polícia Federal, Roberto Troncon Filho, que assumiu interinamente a diretoria-executiva do órgão, após a prisão de Menezes, disse que o fato não compromete a imagem pública da instituição. No entender dele, ao contrário, a prisão do segundo homem da hierarquia, apesar de não ser uma situação corriqueira, reforça a confiabilidade da PF.

No entanto, conforme relato de ontem do ministro de Relações Institucionais, José Múcio, a prisão do delegado provocou constrangimento na PF. Múcio disse que o assunto foi abordado pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, apenas no início da reunião da equipe de coordenação política, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não fez comentários ou perguntas.

Hoje, a Corregedoria-Geral da Polícia Federal determinou a abertura de um procedimento disciplinar para investigar as denuncias contra o delegado. O delegado está afastado do cargo e o diretor de Combate ao Crime Organizado, delegado Roberto Ciciliatti Troncon Filho, está substituindo Menezes até o fim das investigações.

O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse hoje à imprensa que a Polícia Federal merece todo o respeito da sociedade porque teve a coragem de “cortar na própria carne” ao investigar, pedir a prisão e prender o segundo homem de sua hierarquia que ocupava o cargo de diretor-executivo da corporação.

Tarso disse que chegou a conversar com o delegado Menezes na noite de ontem, logo depois que ele conseguiu um habeas corpus e prestar o depoimento à Polícia Federal. No entanto, disse que a prisão do delegado “foi desnecessária”, apesar que o próprio ministro ter ordenado a prisão, sem mesmo explicar, se a prisão era desnecessária, por quê o prendeu.

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