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Dezenas morrem em Gaza, após apelo de Trump para Israel interromper ataques

De Wikinotícias

4 de outubro de 2025

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Nesse sábado (4), ataques israelenses em Gaza resultaram na morte de dezenas de pessoas, conforme relataram autoridades de saúde locais. Isso ocorreu apesar da demanda do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que Israel cessasse os bombardeios em resposta a uma declaração do Hamas, que afirmou estar disposto a libertar reféns como parte de seu plano para encerrar o conflito.

Desde que Trump pediu a Israel para cessar os ataques na noite de sexta-feira, pelo menos 36 pessoas foram mortas em bombardeios e ataques aéreos no enclave palestino devastado.

Dezoito pessoas perderam a vida em incidentes isolados, enquanto outras 18, entre elas crianças, foram vítimas fatais e diversas pessoas ficaram feridas em um ataque israelense a uma residência no bairro de Tuffah, na Cidade de Gaza, conforme relataram os médicos. Vários edifícios nas proximidades foram danificados pelo ataque.

Israel afirmou que visou um militante do Hamas que constituía um risco para suas forças na região, e que os relatos de vítimas estavam sendo avaliados.

Depois dos ataques, o Exército começou a executar apenas operações defensivas na Faixa de Gaza, de acordo com as instruções do governo de Israel. A imprensa israelense informou que a ofensiva para retomar o controle da Cidade de Gaza foi suspensa temporariamente. No entanto, as tropas não recuaram e continuam em suas posições. Segundo Netanyahu, Israel "está se preparando para a implementação imediata da primeira fase do plano de Trump para a libertação de todos os reféns".

A ação acontece depois que o Hamas anunciou estar pronto para libertar os reféns e iniciar negociações com base em uma proposta de Trump para pôr fim ao conflito, que já dura quase dois anos. Logo após o anúncio do grupo terrorista, o americano declarou confiar que a entidade está preparada "para uma paz duradoura" e solicitou que Israel cesse "imediatamente o bombardeio de Gaza", com o objetivo de garantir a retirada dos reféns "com segurança e rapidez".

Mesmo assim, a Defesa Civil de Gaza, ligada ao Hamas, declarou que o Exército israelense executou uma série de ataques durante a madrugada deste sábado, com foco especial na Cidade de Gaza. Mahmud Bassal, porta-voz do órgão, declarou que ao menos 20 residências foram demolidas. Em entrevista à AFP, ele afirmou que "foi uma noite muito violenta, durante a qual o Exército israelense realizou dezenas de ataques aéreos e disparos de artilharia contra a Cidade de Gaza e outras áreas" do enclave.

O Hospital Batista na Cidade de Gaza comunicou que atendeu vítimas de um bombardeio a uma residência no bairro de Tuffah, com um saldo de pelo menos quatro mortos e diversos feridos. Mais ao sul, em Khan Younis, o Hospital Nasser informou que duas crianças morreram e oito pessoas ficaram feridas após um drone atingir uma tenda em um acampamento de deslocados.

"O bombardeio foi intenso a noite toda. Fiquei feliz quando Trump anunciou um cessar-fogo, mas os aviões não pararam", afirmou Jamila al-Sayyid, de 24 anos, residente do bairro Al-Zeitoun.