Desmatamento na Amazônia em 2020 já é o maior dos últimos 12 anos
1 de dezembro de 2020
Este ano, o desmatamento na Amazônia atingiu 11.088 quilômetros quadrados, a maior área registrada nos últimos 12 anos. Isso representa um aumento de 9,5% em relação a 2019. Esses dados são medidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão federal que monitora a destruição dos biomas brasileiros via satélite.
Com o crescimento em 2020, o índice de danos do governo Jair Bolsonaro pelo segundo ano foi 70% maior do que a média de 2009–2018. Para cumprir as metas da Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC), o país precisa de um teto de desmatamento este ano de 3.925 quilômetros quadrados. O número total de inscrições é 180% maior.
A análise do Observatório do Clima mostra que a situação atual é resultado de uma série de fatores, incluindo o enfraquecimento das fiscalizações, a extinção de agências de proteção ambiental e o corte de investimentos em proteção. Em nota, a entidade listou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) suspensão de multas, congelamento de recursos da Amazônia, perseguição de agentes e outras medidas do governo federal para impedir a proteção dos biomas.
“É um descaso criminoso não usar os recursos existentes em fiscalizações e políticas ambientais, para caluniar quem produz tecnologia e conhecimento científico e improvisar tentativas de militarizar as florestas. Tudo isso aconteceu nos últimos 22 meses”, dizia o texto. A entidade alertou: “O Brasil deve ser o único grande emissor de gases de efeito estufa no ano em que a economia global parou por conta da pandemia”.
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Fonte
- Desmatamento na Amazônia em 2020 já é o maior dos últimos 12 anos, Brasil de Fato, 30 de novembro de 2020.
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