Covid-19: vacinas pouco eficazes podem levar a China a ser o berço de novas variantes do Sars-Cov-2

Fonte: Wikinotícias

26 de dezembro de 2022

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Tendo desenvolvido vacinas menos eficazes que o ocidente, a China pode ser o berço do surgimento de novas variantes do Sars-Cov-2, alertam cientistas. Além disto, muitos chineses não tomaram doses de reforço e já se vacinaram há mais de um ano, o que baixa a imunidade e possibilita novas infecções em meio à superpopulação de 1,4 bilhões de pessoas.

"A China tem uma população enorme e imunidade limitada e essas parecem ser as condições para o surgimento de uma nova variante", disse o Dr. Stuart Campbell Ray, especialista em doenças infecciosas da Universidade Johns Hopkins, reporta a Voa News. Já o Dr. Shan-Lu Liu, especialista em vírus da Ohio State University, observou que várias subvariantes da Ômicron foram detectadas na China, incluindo a BF.7, que é altamente capaz de escapar do sistema imune e que parece estar por trás da nova onda de infecções no país asiático.

O infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Julio Croda, concorda. “Não houve uma vacinação adequada. Há baixas coberturas principalmente em idosos de doses de reforço. A China não utilizou vacinas mais adequadas para essa população, as vacinas de RNA", disse ele para a CNN Brasil.

A China aboliu há alguns dias sua política de covid zero e muitos agora temem que uma nova onda de covid-19 se espalhe pelo mundo a partir do país asiático, onde os primeiros casos da doença foram detectados no final de 2019.

As vacinas usadas na China são as fabricadas pela Sinopharm e pela Sinovac (a Coronavac, que foi largamente utilizada no Brasil). Desenvolvidas a partir de partes inativadas do vírus e, em menor quantidade, com vetor viral não replicante, elas são menos eficazes que as da Pfizer e da Moderna, por exemplo, desenvolvidas a partir de RNA mensageiro. A Coronavac oferece proteção de apenas 24% contra a subvariante BA.5 da Ômicron, enquanto a da Pfizer oferece 44%, apontou o IHME (Institute for Health Metrics and Evaluation) em novembro passado.

Fontes