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Covid-19: russos dizem que vão processar Anvisa por fake news a respeito da vacina Sputnik V; Agência mostra documentos oficiais

Fonte: Wikinotícias

30 de abril de 2021

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“A Anvisa foi acusada de mentir, de atuar de maneira antiética e de produzir fake news sobre a identificação do adenovírus replicante em documentos que tratam da vacina Sputnik V. As informações sobre a presença de adenovírus replicantes constam dos documentos entregues à Anvisa pelo desenvolvedor da vacina Sputnik V”, disse ontem o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, num comunicado oficial transmitido no canal do You Tube para rebater as acusações da conta oficial da Sputnik V no Twitter, que no dia 28 passado havia postado, entre outras críticas, que a "Anvisa inventou fake news (...)" e que "(...) seguindo as afirmações incorretas e enganosas de Anvisa, estamos convidando a Anvisa para um debate público perante a comissão competente do Congresso do Brasil".

Além disto, ontem de manhã a Sputnik V - o laboratório Gamaleya e o Fundo Russo de Investimentos - também havia anunciado no Twitter que processaria a Agência brasileira. "Após a admissão do regulador brasileiro (…) de que não testou a vacina Sputnik V, a Sputnik V está iniciando um processo judicial de difamação no Brasil contra a Anvisa por espalhar informações falsas e imprecisas intencionalmente", os responsáveis postaram na rede social.

Barra também disse que o pronunciamento serviria para responder à "grave acusação que impacta na confiança, da credibilidade da autoridade sanitária do Estado brasileiro”, antes de passar a palavra para Gustavo Mendes, gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, que mostrou documentos (e um vídeo) do Gamaleya mostrando a presença de uma quantidade de adenovírus replicantes em quantidade 300 vezes superior à permitida pela FDA dos Estados Unidos. "O esperado é a ausência de vírus replicantes nas vacinas covid", enfatizou.

A presença deste adenovírus foi um dos principais motivos da negativa da Anvisa em conceder a liberação da importação e uso da vacina no Brasil. Esta negativa, no entanto, não é definitiva.

Assista o comunicado da Anvisa na íntegra aqui.

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Fontes