Covid-19: no Brasil, Butantan reduz oferta de vacinas em 70% e atinge plano de vacinação

Fonte: Wikinotícias

19 de fevereiro de 2021

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Segundo o Ministério da Saúde (MS) ontem à noite, o Instituto Butantan avisou à tarde que reduzirá a oferta de um lote de vacinas da CoronaVac previsto para se entregue nas próximas semanas. "O MS contava com a chegada de 9,3 milhões de doses da vacina (...) da Fundação Butantan, mas foi informado (..) que receberá somente 30% do acordado para fevereiro - 2,7 milhões de doses", escreveu o órgão em seu Twitter.

Já o Butantan escreveu em sua conta na rede social que "vai entregar ao MS mais 3,4 milhões de doses da vacina contra a covid-19 a partir de 23/2. Serão 426 mil doses por dia ao longo de 8 dias".

O plano do MS é receber e redistribuir 230 milhões de doses de vacina até o final de julho, o que garantiria a imunização de 115 milhões de pessoas, cerca de 30% da população brasileira.

Imbróglio com a Anvisa

A confusão vem ao mesmo tempo em que Anvisa anunciou que realizou uma reunião com o Butantan ontem para avaliar o andamento dos estudos e dados que devem ser entregados à Agência até 28 de fevereiro, mais especificamente as informações dos estudos de imunogenicidade, que é a capacidade, por exemplo, de uma vacina incentivar o organismo a produzir anticorpos contra o agente causador da doença.

Segundo a Anvisa, o Butantan assinou um Termo de Compromisso para apresentação de dados que não foram enviados com o pedido de uso emergencial.

Se não apresentar os dados no prazo, este não será o primeiro imbróglio do Butantan junto à Agência, pois o Instituto atrasou a entrega de dados referente à CoronaVac diversas vezes do final de outubro em diante.

Imbróglio com o governo

Segundo matéria no Bom Dia Brasi, o Instituto Butantan, no entanto, responsabiliza o Governo Federal pelo problema na redução da oferta de vacinas. Numa nota, o Butantan escreveu que "o desgaste diplomático em relação à China provocou o atraso no envio da matéria-prima para a produção da vacina" e que "não houve qualquer empenho da União na liberação de insumos junto ao Governo chinês".

O Instituto também criticou a falta de planejamento do Governo Federal em relação à vacinação no Brasil.

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Fontes