Covid-19: brasileiros que acreditam em tratamento precoce se expõem mais ao vírus, diz estudo
13 de março de 2021
Um estudo preliminar da Fiocruz Amazônia e da Universidade Federal do Amazonas e que deve ser publicado numa revista científica internacional em breve, revelou que os brasileiros que acreditam em tratamento precoce se expõem mais ao vírus Sars-Cov-2.
O estudo, feito em Manaus, mostrou, por exemplo, que 38,64% dos que testaram positivo tinham tomado algum remédio para evitar a contaminação da doença, enquanto entre os que não tomaram nada, a taxa de infecção ficou em 25,99%.
Um outro dado, do Rio Grande do Norte, corrobora esta informação. Segundo a infectologista Marisa Reis, integrante do Comitê Científico do Rio Grande do Norte, "mais de 90% dos doentes que estão internados nas UTIs [do estado] fizeram uso de ivermectina".
Marisa também criticou autoridades e médicos que defendem o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença, como a ivermectina e a cloroquina. "É uma vergonha", disse, acrescentando ainda que "não adianta as pessoas se esconderem por trás de um comprimido de ivermectina achando que ele vai protegê-las. Não vai! Não há evidências de que esse medicamento protege contra a covid".
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Fontes
- 90% dos pacientes das UTIs em Natal usaram ivermectina, diz infectologista, Correio Brasiliense, 23 de fevereiro de 2021.
- Estudo sugere que pessoas em “tratamento precoce” tiveram taxas mais altas de infecção por covid-19 em Manaus, El País Brasil, 26 de fevereiro de 2021.
- Sensação de proteção por "tratamento precoce" causou mais covid, diz estudo, Correio Brasiliense, 01 de março de 2021.
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