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Coreia do Sul sinaliza disposição para aceitar acordo de “congelamento” nuclear

De Wikinotícias

22 de setembro de 2025

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O presidente sul-coreano, Lee Jae-Myung, sinalizou uma mudança significativa na política de Seul em relação ao seu vizinho do norte, afirmando que aceitaria um acordo entre Donald Trump e Kim Jong-Un que congelasse o programa nuclear da Coreia do Norte como uma "medida de emergência provisória".

Kim Jong-Un, por sua vez, deixou claro que a desnuclearização — a renúncia total ao arsenal nuclear — "nunca, jamais" acontecerá sob sua supervisão.

Para o presidente Lee, o congelamento é visto como um primeiro passo mais realista do que exigir a desnuclearização completa desde o início. Ele indicou que a Coreia do Norte está produzindo cerca de 15 a 20 armas nucleares por ano, dificultando uma meta de desarmamento total nas condições atuais.

Ele enquadra o congelamento como parte de uma estratégia de três etapas: primeiro congelamento, depois redução e, por fim, desnuclearização.

Kim Jong-Un, no entanto, insiste em manter o status nuclear da Coreia do Norte, rejeitando planos em fases como tentativas de retirar elementos essenciais da defesa nacional.

Ele expressou abertura para negociações com os EUA, desde que Washington abandone a exigência de desnuclearização total e aceite a coexistência pacífica.

Analistas alertam que um acordo de congelamento traz riscos: pode se tornar um status quo de longo prazo, com os benefícios do alívio das sanções indo para Pyongyang enquanto medidas concretas em direção ao desarmamento total permanecem paralisadas.

Mas, por enquanto, Seul parece pronta para buscar uma diplomacia mais pragmática e realista, equilibrando os riscos de segurança com o potencial de aliviar as tensões na Península Coreana.