China isola aldeias após mortes por peste bubônica

Fonte: Wikinotícias

China • 9 de agosto de 2020

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Mapa da China destacando a região da Mongólia interior

A China isolou outra vila, neste sábado, 8, na região da Mongólia Interior, após um residente ter morrido de peste bubônica, no que é o segundo bloqueio na região em dois dias.

De acordo com um comunicado divulgado pela Comissão de Saúde de Bayannaoer, um paciente local que sofre com a doença centenária morreu, na sexta-feira, de falência múltipla de órgãos.

Trata-se da segunda vítima da praga registada, este mês, na região norte da China.

“O local de residência do falecido está bloqueado e uma ampla investigação epidemiológica está em curso”, lê-se no comunicado da autoridade chinesa.

O primeiro bloqueio foi anunciado, na quinta-feira, numa cidade vizinha, quando a comissão de saúde de Baotou anunciou que um morador morreu de falha no sistema circulatório.

Risco de transmissão humana

A peste bubônica é uma doença altamente infecciosa e muitas vezes fatal, "com uma proporção de casos fatais de 30% a 100% se não tratada", segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

As autoridades em ambas as cidades emitiram um alerta de terceiro nível - o segundo mais baixo num sistema de quatro níveis - efetivo imediatamente até o final de 2020, para prevenir a propagação da doença.

Embora seja espalhado principalmente por roedores, as autoridades em ambas as cidades alertaram que a transmissão de pessoa para pessoa é possível.

"Atualmente, existe o risco de propagação da peste humana na nossa cidade", diz o comunicado, usando exatamente a mesma redação. Todos os contatos próximos e secundários dos pacientes foram colocados em quarentena, disseram as duas comissões.

Eles também pediram às pessoas que reduzam o contato com animais selvagens e evitem caçar, esfolar ou comer animais que possam causar infeções.

Os casos de peste bubônica são cada vez mais raros, nos últimos anos, na China. De acordo com a Comissão Nacional de Saúde da China, houve cinco casos em 2019, com um óbito. Em todo o mundo, entre mil a dois mil casos anuais são notificados à OMS.

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