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China, Rússia, Irã e Paquistão se opõem a bases militares no Afeganistão

De Wikinotícias

26 de setembro de 2025

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Em desenvolvimentos recentes, China, Rússia, Irã e Paquistão expressaram em conjunto firme oposição a qualquer restabelecimento de postos militares estrangeiros no Afeganistão, em resposta aos planos dos EUA de retomar o controle da Base Aérea de Bagram.

Reunidos à margem da Assembleia Geral da ONU em Nova York, os ministros das Relações Exteriores dos quatro países emitiram uma declaração enfatizando o respeito à soberania, integridade territorial e independência do Afeganistão.

Eles ressaltaram que a implantação de bases militares estrangeiras no Afeganistão ou em seus arredores minaria a paz e a estabilidade regionais — especialmente quando os próprios países responsáveis pela turbulência no Afeganistão cogitam fazê-lo.

A declaração conjunta também apelou à comunidade internacional para que aliviasse as sanções ao Afeganistão, devolvesse seus ativos congelados e aumentasse o apoio humanitário — desvinculado da influência política.

Preocupações com a segurança também foram destacadas: os ministros destacaram grupos extremistas como ISIS-K, Al-Qaeda, TTP, ETIM e outros como perigos que exigem esforços regionais coordenados.

Essas declarações surgem no momento em que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, pressionou publicamente pela reocupação de Bagram, alegando proximidade estratégica com a China.

No entanto, o regime Talibã rejeitou rapidamente a proposta, reafirmando a posição histórica do Afeganistão contra a presença militar estrangeira.

Neste momento, as tensões aumentam sobre se as ambições geopolíticas prevalecerão sobre o consenso regional. A oposição quadrilateral ressalta que qualquer retorno dos EUA enfrentaria forte resistência — não apenas dos líderes do Afeganistão, mas também de seus vizinhos imediatos.