Cúpula entre países árabes e sulamericanos ocorre no Brasil: dia 2

Fonte: Wikinotícias

Brasil • 12 de maio de 2005

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No segundo e último dia de realização da Cúpula América do Sul-Países Árabes, o destaque ficou para a Declaração de Brasília, que reúne a opinião oficial dos participantes do evento.

Palavras do Presidente Lula

No encerramento da Cúpula o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva lembrou que ela é o primeiro passo para a criação de uma política de Estado que aproxima os dois blocos de países: "O que nós estamos querendo construir com esta cúpula é uma coisa muito sólida, que vai além do tratado, mas da compreensão dos estados árabes e dos estados da América do Sul de que nós vivemos um novo tempo".

O presidente também disse: "Eu nasci na política brasileira defendendo o Estado Palestino, mas também nunca neguei a necessidade do Estado de Israel. Penso que o ser humano é muito inteligente para aprender que a paz é a única coisa que pode permitir a construção de um mundo harmonioso, democrático e socialmente justo".

Em relação ao Iraque, Lula disse que foi contra a ocupação americana.

OMC

Os países participantes concordaram em apoiar o candidato uruguaio Carlos Pérez Del Castillho à direção da Organização Mundial do Comércio (OMC), "como forma de democratizar e ampliar sua participação na condução dos principais organismos do sistema multilateral". Radiobras

Acordo com o Sudão

Os ministros das Relações Exteriores do Brasil e do Sudão assinaram acordo de cooperação técnica e abre caminho para negociações sobre as áreas em que haverá parcerias. "Ele é geral, mas a nossa expectativa é fazer em breve parcerias em setores como o açucareiro, o têxtil, a agricultura e a indústria alimentícia. Temos muito interesse nos produtos agrícolas cultivados na América do Sul. Por outro lado, podemos vender óleo e ouro. São várias as possibilidades de complementação", disse o ministro das Relações Exteriores do Sudão, Mustafa Osman Ismail. Radiobras

A Declaração de Brasília

A A Declaração de Brasília condena o terrorismo, porém afirma o direito de resistência contra a ocupação estrangeira; defende a não proliferação de armas nucleares, e condena as sanções dos EUA contra a Síria, entre outras questões.

Os sul-americanos e árabes também criticaram a inclusão das Ilhas Malvinas no mapa da União Européia. "A inclusão das Ilhas Malvinas, Geórgias do Sul e Sandwich do Sul como territórios associados à Europa no Anexo II, relativo ao Título IV "Associação dos Países e Territórios Ultramarinos", da Parte III do Tratado Constitucional da União Européia, é incompatível com a existência de uma disputa de soberania sobre as referidas ilhas."

Lula disse que a declaração é democrática porque procura atender a todos os governos participantes da Cúpula: "Essa é condição elementar para que você possa contruir um documento que envolve 30 e poucos países com culturas totalmente diversificadas, com hábitos políticos diversificados".

O presidente brasileiro também disse: "Sempre que nós tivermos dúvida sobre o comportamento de um grupo político e de um país com desrespeito à democracia, com práticas terroristas, temos que considerá-las coletivamente, e não individualmente".

Alguns países árabes são criticados por governos de outros países, principalmente os EUA, pelo fato de seus regimes não serem suficientemente democráticos. Os EUA acusam alguns países árabes de colaborar com terroristas.

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Fontes

Reportagem original
Reportagem original
Esta notícia contém reportagem original de um Wikicolaborador.