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Brasil continua a lutar para acabar com a "matança" de pessoas negras, Anielle Franco

Fonte: Wikinotícias

26 de setembro de 2024

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A ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, disse que o seu país continua a lutar para acabar com a "matança" de pessoas negras. Ela falou à imprensa após um evento da UNESCO em homenagem às vítimas da escravatura, à margem do debate da Assembleia Geral Anual das Nações Unidas.

O anúncio da criação de uma rede de geminação de lugares de memória e museus da escravatura em África, nas Américas e na Europa foi feito pela UNESCO na segunda-feira, durante um evento de homenagem às vítimas da escravatura na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.

Políticas públicas permanentes de superação do racismo estão entre as prioridades da ministra da Igualdade Racial. A ministra reuniu uma série de dados estatísticos do que chamou de “retrato da desigualdade racial” e que espera ver superado em breve. Os números revelam que os negros e pardos, equivalentes a 56,2% da população, aparecem como 77% das vítimas de homicídio e 70% dos brasileiros que passam fome. As mulheres negras representam 62% das vítimas de feminicídio e, a cada quatro horas, uma delas é vítima de violência doméstica no país. Elevadas taxas de desemprego, de sub-representação nos espaços de poder, de violência política e de racismo completam o quadro.

Anielle Franco citou o assassinato da irmã – a vereadora carioca Marielle Franco, em 2018 – e outros casos recentes de violência urbana com motivação racial.

“Nós chegamos com um projeto de País onde não tenha uma vereadora negra que tome 13 tiros em seu corpo e as pessoas façam piada; onde uma mãe, como a Thamires (Rosa), não tenha que passar por agressividade por ter a filha de 6 anos agredida por ser negra (dentro de uma escola pública), em São Paulo; onde uma líder religiosa de terreiro não tenha o filho com a guia arrancada à força dentro de uma escola. Que a gente pense, cada vez mais, em uma educação inclusiva, não excludente”, disse.

De acordo com dados apresentados pela ministra, as mulheres negras representam 62% das vítimas de feminicídio.

“A igualdade racial como princípio da democracia é como nós já ouvimos em um slogan da Coalizão Negra por Direitos: ‘Com racismo, não há democracia’. É importante que a gente una força, respeito e empatia”.

A UNESCO afirma que esta iniciativa irá facilitar a partilha de conhecimentos e o diálogo intercultural.