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Brasil: pesquisa do Dieese indicou que o preço dos alimentos básicos subiu em todas as capitais

Fonte: Wikinotícias

14 de outubro de 2020

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Dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (tomada especial devido à pandemia do coronavírus), realizada pelo DIEESE, indicaram que, em setembro, os preços do conjunto de alimentos básicos, necessários para as refeições de uma pessoa adulta (conforme Decreto-lei 399/38) durante um mês, aumentaram em todas as capitais pesquisadas. As maiores altas foram observadas em Florianópolis (9,80%), Salvador (9,70%) e Aracaju (7,13%).

Em São Paulo, a cesta custou R$ 563,35, com elevação de 4,33% na comparação com agosto. No ano, o preço do conjunto de alimentos subiu 11,22% e, em 12 meses, 18,89%.

Salário mínimo deveria ser maior

Com base na cesta mais cara, que, em setembro, foi a de Florianópolis (R$ 582,40), o DIEESE estima que o Salário Mínimo Necessário deveria ter sido equivalente a R$ 4.892,75, o que corresponde a 4,68 vezes o mínimo vigente de R$ 1.045,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Em agosto, o valor foi estimado em R$ 4.536,12 ou 4,34 vezes o piso vigente.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (alterado para 7,5% a partir de março de 2020, com a Reforma da Previdência), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em setembro, na média, 51,22% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em agosto, o percentual foi de 48,85%.

Produtos com maiores altas

  • óleo de soja: apresentou elevação em todas as capitais, com destaque para Natal (39,62%), Goiânia (36,18%), Recife (33,97%) e João Pessoa (33,86%);
  • arroz agulhinha: o preço subiu nas 17 capitais, com destaque para as variações de Curitiba (30,62%), Vitória (27,71%) e Goiânia (26,40%);
  • carne bovina de primeira: teve elevação em 16 cidades, com destaque para um aumento médio de 14,88% em Florianópolis;
  • banana: o valor subiu em 15 cidades e os aumentos mais expressivos ocorreram no Rio de Janeiro (19,01%), em Aracaju (18,93%) e Porto Alegre (17,76%);
  • açúcar: subiu em 15 capitais e as maiores taxas foram observadas em Salvador (8,19%) e Brasília (8,06%);
  • leite: o preço subiu em 14 cidades, com destaque para um aumento médio de 10,99%, em João Pessoa;
  • tomate: aumentou em 14 capitais, com destaque para Salvador (32,12%) e Porto Alegre (29,11%).


Fonte

Nota: o Dieese avisa do rodapé de seu website que "todos os textos disponíveis neste site podem ser parcial ou totalmente reproduzidos, desde que citada a fonte".