Brasil: jovens estão mais expostos a bebidas alcoólicas

Fonte: Wikinotícias

9 de setembro de 2022

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram LinkedIn Reddit
Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Jovens brasileiros, mesmo antes da pandemia de Covid-19, estavam mais vulneráveis, expondo-se a mais a riscos e cuidando menos da saúde. Esses são dados divulgados por meio da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (Pense) e publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outras informações trazidas pelo estudo revelaram que nos últimos dez anos houve um aumento significativo no uso e abuso de álcool e outras drogas e uma redução importante no uso de preservativos.

O Observatório do Crack, da Confederação Nacional de Municípios (CNM), trabalha com pesquisas e estudos que envolvem a questão da toxicodependência desde o ano de 2011 e um dos principais apontamentos é sobre a fragilidade da rede de atenção ao usuário de drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas.

Em se tratando dos adolescentes, a questão fica mais delicada, pois esse recorte específico da população, que ainda está em desenvolvimento cognitivo, necessita de uma atenção maior em cuidados sobre saúde mental e hoje são ínfimas as políticas públicas voltadas a esse público, fato que o Observatório do Crack chama a atenção das autoridades desde o início do projeto.

A pesquisa teve quatro edições, nos anos de 2009, 2012, 2015 e 2019. A partir desses trabalhos que os dados foram comparados. O levantamento foi realizado com alunos do 9º ano do ensino fundamental, entre os 13 e os 17 anos, das redes pública e privada em todas as capitais brasileiras e abrangeu 159 mil pessoas.

Embora tenha sido realizada antes do surto do coronavírus, a sondagem já indica uma crescente vulnerabilidade entre os adolescentes, que pode ter aumentado depois da crise sanitária. A experimentação de bebida alcoólica cresceu de 52,9%, em 2012, para 63,2% em 2019. O aumento foi mais intenso entre as meninas (de 55% para 67,4% no mesmo período) do que entre os meninos (de 50,4% para 58,8%). Já a experimentação ou a exposição ao uso de psicoativos cresceu em uma década. Foi de 8,2% em 2009 para 12,1% em 2019.

Fontes