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Brasil: Lula exige que Israel libere integrantes da flotilha para Gaza 'o quanto antes'

De Wikinotícias

6 de outubro de 2025

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Nessa segunda (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou que o governo de Israel permita "o quanto antes" o retorno seguro dos membros da flotilha de ajuda a Gaza que ainda estão detidos, incluindo diversos brasileiros.

Na semana passada, Israel deteve a flotilha Global Sumud, formada por 45 embarcações que saíram de Barcelona, Espanha, em águas internacionais.

A missão humanitária visava quebrar o bloqueio israelense para fornecer assistência a Gaza, região onde a ONU declarou situação de fome após dois anos de conflito entre Israel e o grupo islamista armado Hamas.

De acordo com as autoridades israelenses, mais de 470 indivíduos que estavam na flotilha foram detidos.

Lula denunciou que Israel "violou as leis internacionais ao interceptar os integrantes da flotilha" que estavam fora de seu mar territorial e "segue cometendo violações ao mantê-los detidos em seu país", conforme escreveu em uma publicação na rede social X.

A flotilha humanitária transportava mantimentos, água potável e materiais médicos para o povo palestino em Gaza. Em 2 de outubro, uma parte do grupo foi abordada pelas forças navais de Israel.

O presidente afirmou que ordenou ao Ministério das Relações Exteriores que forneça assistência para assegurar a integridade dos brasileiros.

"Desde a primeira hora, dei o comando ao nosso Ministério das Relações Exteriores para que preste todo o auxílio para garantir a integridade dos nossos compatriotas e use todas as ferramentas diplomáticas e legais, junto ao Estado de Israel, para que essa situação absurda se encerre o quanto antes e possibilite aos integrantes brasileiros da flotilha regressarem a nosso país em plena segurança", afirmou o presidente.

Em comunicado divulgado hoje, a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), membro da flotilha humanitária, relatou que os detidos ilegalmente denunciaram condições degradantes, violência psicológica e ausência de tratamento médico adequado.

"Alguns, inclusive Luizianne, só receberam medicamentos após pressão diplomática. Também relataram que audiências judiciais foram realizadas sem representação legal", afirma a nota divulgada pela parlamentar.