Saltar para o conteúdo

Argentina anuncia revisão sobre vacinas e reafirma saída da OMS

Fonte: Wikinotícias

27 de maio de 2025

Email Facebook X WhatsApp Telegram LinkedIn Reddit

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Nessa segunda (26), o governo do presidente Javier Milei confirmou a decisão de retirar a Argentina da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma entidade das Nações Unidas que congrega quase 200 nações. Durante uma visita oficial a Buenos Aires, o Secretário de Saúde dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., havia encorajado outras nações a seguirem o exemplo do governo Trump e deixarem a Organização Mundial da Saúde.

O secretário de saúde, famoso nos círculos conservadores por difundir ideias conspiratórias acerca de vacinas, foi recebido pelo ministro da Saúde da Argentina, Mario Lugones. Em uma mensagem nas redes sociais, ele afirmou que ambos estabeleceram uma "agenda de trabalho comum".

O anúncio inicial da decisão do presidente ultraliberal ocorreu em fevereiro, seguindo a direção de Donald Trump, que havia anunciado a saída dos Estados Unidos em janeiro. Milei descreveu a administração da OMS durante a pandemia de covid-19 como "nefasta" e criticou a imposição da quarentena.

Kennedy se reuniu com o ministro da Saúde da Argentina, Mario Lugones, com o propósito de estabelecer "uma agenda de trabalho conjunto que permita reforçar a transparência e confiança no sistema de saúde a partir de uma abordagem de prevenção, segurança alimentar e eficiência dos gastos", conforme divulgado pelo governo do país vizinho.

Uma das medidas que o governo argentino pretende promover é a realização de ensaios clínicos com um grupo placebo como padrão mínimo, "conforme exigido para outros produtos médicos".

"Um exemplo claro dessa necessidade é a vacina contra a Covid-19, administrada sem grupo de controle e sob condições excepcionais de aprovação", ressaltou o comunicado. Outro aspecto é que o Ministério da Saúde irá sugerir o debate sobre a utilização de autorizações rápidas para medicamentos de alto custo, especialmente aqueles destinados a crianças e enfermidades raras.

Também será divulgada "uma agenda abrangente para revisar e restringir o uso de aditivos sintéticos potencialmente perigosos em produtos alimentícios".