Acordo de submarinos Tailândia-China encalha com embargo de armas da UE

Fonte: Wikinotícias

31 de março de 2022

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A China interrompeu a construção de um submarino de ataque destinado à marinha da Tailândia após a recusa da Alemanha em exportar os motores de ponta que os planos exigem, confirmou um oficial da marinha tailandesa.

A paralisação do trabalho pode prejudicar as relações militares da Tailândia com a China, que substituiu os Estados Unidos como o maior fornecedor de armas da Tailândia.

A Marinha Real Tailandesa e a estatal chinesa China Shipbuilding assinaram o acordo de US$ 402 milhões para o submarino S26T da classe Yuan em 2017, com entrega originalmente prevista para o final do próximo ano.

Citando uma fonte anônima da marinha tailandesa, porém, a mídia local informou em fevereiro que a construção do que seria o primeiro submarino do país havia parado.

Ao confirmar o atraso e sua causa, o contra-almirante Apichai Sompolgrunk, diretor geral do escritório de gerenciamento de aquisições da marinha tailandesa, disse que é improvável que o submarino chegue no próximo ano.

“Neste momento, o processo de construção do submarino está parado porque o motor ainda não está concluído”, disse ele.

“Termine o processo [do motor] e a construção começará novamente”, acrescentou.

Apichai disse que o acordo especificou três motores a diesel MTU396 da empresa alemã Motor and Turbine Union para operar o grupo gerador elétrico do submarino.

O adido de defesa da Alemanha na Tailândia, Philipp Doert, confirmou a decisão de seu governo de negar à China os motores em uma carta aberta ao The Bangkok Post em fevereiro.

“A exportação foi recusada por causa de seu uso para um item da indústria militar/de defesa chinesa”, escreveu ele. “A China não pediu/coordenou com a Alemanha antes de assinar o contrato Tailândia-China, oferecendo motores MTU alemães como parte de seu produto.”

A Alemanha está vinculada a um embargo de armas da União Europeia imposto à China em 1989 após o massacre da Praça da Paz Celestial, quando as forças de segurança chinesas abriram fogo contra manifestantes desarmados em Pequim exigindo maior liberdade política. A China afirma que 200 civis morreram na repressão; algumas estimativas independentes colocam o número de mortos na casa dos milhares.

Fontes